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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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Soltura de peixes predadores de piranhas no Manso precisa de autorização da Sema

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Soltura de peixes predadores de piranhas no Manso precisa de autorização da Sema
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) informou que a soltura de peixes no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães (60 km de Cuiabá), precisa de autorização emitida com três meses de antecedência. Nesta semana, um grupo de pessoas que possuem propriedades na região iniciou uma mobilização para comprar espécies predadoras de piranhas, após o aumento de ataques. 


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Ainda segundo a Sema, o lago do Manso, por ser um ambiente de ecossistema lêntico, nos quais a água apresenta pouco ou nenhum fluxo, é propício ao desenvolvimento de peixes como a piranha.

Estes peixes normalmente são atraídos por sons de frutas e sementes que caem de árvores e batem na água. Eventualmente, poderão haver ataques a pessoas ou animais e, para que isso ocorra, a piranha precisa de um chamariz.

Diante deste cenário, a Secretaria orienta que a população evite hábitos como jogar comida, entrar na água com qualquer lesão não cicatrizada no corpo (segundo relatos, a piranha percebe uma gota de sangue em aproximadamente 200 litros de água), pois são ações que poderiam atrair a atenção desses peixes.

Outra recomendação para os estabelecimentos é realizar o cercamento de quiosques que ficam dentro da água com sombrites ou outro tipo de tela que permita a passagem da água e impeça o trânsito de qualquer tipo de peixe.

Conforme o decreto 337/2019, que disciplina o procedimento de licenciamento ambiental para cultivo de espécies de peixes, a soltura de alevinos em corpos hídricos no Estado de Mato Grosso, só poderá ser feita com autorização emitida pela Sema-MT com três meses de antecedência.

O interessado deve protocolar a Solicitação Prévia de Peixamento junto à Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros da Sema com três meses de antecedência. "Os alevinos devem ser de espécies oriundas da mesma bacia hidrográfica onde será feito o peixamento e produzidos em estabelecimento licenciado para a produção de alevinos", dispõe o artigo 4º.

O processo de soltura deve ser acompanhado por um responsável técnico acompanhado de ART.
 
Cota para repovoamento dos peixes predadores

O advogado Ricardo Arruda, que está à frente da campanha, disse que tomou a iniciativa diante do descaso do Poder Público e da empresa Furnas.

“Tivemos que tomar a frente juntamente com outras pessoas que tem propriedade, para organizar isso. O Poder público não toma iniciativa, de dois anos para cá, os ataques pioraram. Antes era fato isolado. Sabíamos que tinha, mas era cerca de quatro ao ano. Atualmente, em um final de semana é quatro em apenas um dia, e as piranhas estão cada vez maior. Daqui a pouco vai ter gente perdendo membro”, disse ao Olhar Direto.
 
Segundo o advogado, a Furnas deveria fazer o repovoamento dos peixes predadores, mas está instalada no Lago do Manso há 20 anos, e isso nunca aconteceu. A Prefeitura de Chapada dos Guimarães, inclusive, já autuou a empresa em mais de R$ 38 milhões por não apresentar o programa de peixamento anual e pela não soltura de alevinos.
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