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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Crescimento de 161%

Número de pacientes na fila por leitos de UTI chega a 136 em Mato Grosso

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Número de pacientes na fila por leitos de UTI chega a 136 em Mato Grosso
O número de pacientes aguardando um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chegou a 136 nesta sexta-feira (19), segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). O montante representa um acréscimo de 161% desde o último dia 06 de março, quando 52 pessoas estavam à espera de vaga.


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As 136 pessoas aguardam a disponibilidade de um leito em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), segundo a Central de Regulação de Urgência e Emergência (CRUE). Segundo o último boletim, divulgado no fim da tarde de quinta-feira (18), apenas 20 estavam disponíveis, representando uma taxa de ocupação de 97%.
 
Em mais um apelo, a prefeita de Cáceres, Eliene Liberato (PSB), implorou que a população colabore com a prefeitura, seguindo as medidas estabelecidas em decreto municipal, usando máscara e ficando em isolamento o máximo possível. Em vídeo publicado nesta quinta-feira (19) em suas redes sociais, a gestora se emocionou e fez breve relato sobre o que viu nos dias em que o marido esteve internado por conta da Covid-19.
 
“Vi dezenas de pessoas agonizando, esperando para ser atendida, em uma unidade que atende apenas convênios particulares. Pessoas com recursos na mão e não tinha uma UTI. Peço a você que, pelo amor de Deus, se cuide. Durante todos esses dias que estive acompanhando meu esposo, foi terrível, ver pessoas tentando respirar e não conseguindo”.
 
Recentemente, o governador Mauro Mendes (DEM) emitiu decreto tentando frear a contaminação no estado, com medidas como toque de recolher das 21h às 5h e restrição no horário do comércio.
 
Falta de medicamentos
 
O governador Mauro Mendes (DEM) é um dos 13 chefes de estado que assinam ofício encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao Ministério da Saúde, cobrando do governo federal providencias para a compra imediata de medicamentos do chamado “kit intubação”. Além disso, no documento protocolado nesta quinta-feira (18) os gestores pedem o apoio logístico das Forças Armadas Brasileiras (FAB) para a busca e distribuição dos insumos.
 
De acordo com o Fórum Nacional dos Governadores, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) aponta que em 18 estados há falta de analgésicos, anestésicos e bloqueadores neuromusculares, que compõem o tal kit.
 
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma que Mato Grosso não está nessa lista. Afirma que, neste momento, o abastecimento desses remédios está normal, não havendo queixas por parte dos fornecedores.
 
Em entrevista ao Jornal da CBN Cuiabá, o secretário Gilberto Figueiredo, disse que a possibilidade é real, caso o cenário que está instalado atualmente no Estado não mude.
 
"Empresas e hospitais encontram dificuldade de adquirir ou estão em preços altíssimos. É um problema nacional. Provisionamos, fizemos aquisição, mas se continuar crescendo isto, pode vir a ocorrer (desabastecimento). Quando falamos em colapso, não é apenas de leitos, é total, com a cadeia produtiva de tudo que é fornecido para área da saúde", disse Gilberto.
 
O secretário ainda pontuou que cada vez que se abre um leito novo de UTI, vem com ele um consumo adicional destes medicamentos, que são especialmente utilizados em pacientes intubados. "Se o consumo aumenta muito, a indústria não consegue abastecer e o preço aumenta".
 
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) notificou, até a tarde desta quinta-feira (18), 282.595 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, sendo registrados no total 6.641 óbitos em decorrência do coronavírus no Estado.
 
Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, há 488 internações em UTIs públicas e 544 enfermarias públicas. Isto é, a taxa de ocupação está em 97,10% para UTIs adulto e em 66% para enfermarias adulto.
 
Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19 estão: Cuiabá (60.860), Rondonópolis (21.974), Várzea Grande (17.849), Sinop (14.111), Sorriso (11.052), Tangará da Serra (10.517), Lucas do Rio Verde (9.882), Primavera do Leste (8.379), Cáceres (6.243) e Nova Mutum (5.501). 
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