O megatraficante internacional, Luiz Carlos da Rocha, conhecido como “Cabeça Branca”, teve sua história contada no livro "Cabeça Branca, a caçada ao maior narcotraficante do Brasil", do jornalista Allan de Abreu. Uma reportagem do Fantástico, deste domingo (21) resumiu a história do criminoso, que foi preso em Sorriso (a 397 km de Cuiabá) em 2017.

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No Brasil Cabeça Branca possui cerca de R$ 1 bilhão de bens bloqueados. Entre os bens estão 16 fazendas, que somadas representam uma área de aproximadamente 40 mil hectares em Mato Grosso.

A reportagem do Fantástico conversou com uma das vítimas do megatraficante, o paraguaio Henrique Ramon, e também com a Polícia Federal. Henrique foi um dos primeiros a denunciar os crimes de cabeça branca. Em 2006 ele foi sequestrado, torturado e ameaçado de morte pela quadrilha do megatraficante. Depois disso o paraguaio fugiu para o Brasil e depois para a Europa.

Conforme contou a reportagem, Cabeça Branca cresceu em uma família de contrabandistas. Ele acabou se tornando o maior narcotraficante do Brasil, chegando a negociar cerca de 5 toneladas de cocaína por mês.

O jornalista Allan de Abreu realizou três anos de pesquisas e entrevistas para escrever o livro. Ele narrou que o megatraficante tinha muito poder e recebia informações privilegiadas. Em uma ocasião em 2004 ele quase foi preso no aniversário da mãe, mas teria sido informado antecipadamente e não compareceu à comemoração.

A Polícia Federal de Londrina foi a responsável pela prisão do criminoso, que ocorreu em 2017, em Sorriso. Cabeça Branca, com 61 anos, já foi condenado a mais de 100 anos de cadeia. Ele está preso em um presídio de segurança máxima, no entanto, vários de seus comparsas continuam soltos.