Apesar da polêmica que a troca do VLT ainda causa no meio político, o Governo estadual dá sequência no plano de implantação do BRT em Cuiabá e Várzea Grande. O passo mais recente foi a abertura, nesta quarta-feira (31), do período de consulta pública para apresentação de estudos das modelagens técnica e econômico-financeira que subsidiaram a escolha pela implantação do modal movido à eletricidade.
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De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra), o objetivo da consulta é dar publicidade a todos os aspectos que levaram à conclusão de maior viabilidade do BRT como solução de mobilidade urbana na região metropolitana da Capital. A medida atende a uma determinação do juiz federal Ciro José de Andrade Arapiraca.
Os estudos foram elaborados pelo governo e pelo Grupo de Trabalho criado em conjunto com a Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana e a Caixa Econômica Federal. Os documentos podem ser acessados no portal da Sinfra e também estão disponíveis para download (
aqui).
Os interessados também podem formular questionamentos com eventuais dúvidas a respeito dos estudos apresentados, bem como dar suas contribuições através do e-mail consultapublica@sinfra.mt.gov.br. O prazo para a consulta pública termina em 16 de abril.
De acordo com os estudos apresentados, a solução por BRT apresenta o menor custo e menor tempo de implantação quando comparado a outros modais. Os investimentos estimados são da ordem de R$ 460 milhões, com a aquisição da frota de ônibus elétrico. As obras devem durar até 24 meses.
Para a implantação do BRT, o governo se responsabilizará pela realização das seguintes obras de infraestrutura: corredor segregado, paradas, estações e terminais, tratamento das calçadas, Parque Linear da Av. Rubens de Mendonça, Centro de Controle Operacional, Garagem Operacional do BRT com subestação de recarga elétrica dos ônibus, sistema de monitoramento e segurança da frota e usuários, sistema de comunicação com os usuários e também pela aquisição dos ônibus movidos à eletricidade.
Além disso, o BRT terá uma tarifa mais acessível quando comparado ao sistema VLT, de acordo com os estudos. Ou seja, mensalmente o VLT demandaria um custo adicional que poderia vir a ser custeado pelos usuários por meio da tarifa ou por meio do aumento dos subsídios públicos.
Os estudos apontam ainda que o BRT proporcionará maior flexibilidade de operação junto aos ônibus do sistema alimentador dos municípios, permitindo reduzir o número de integrações para os usuários quando comparado à modelagem da rede com o sistema VLT, dada a possibilidade de uso compartilhado no corredor segregado.
Outro destaque favorável à solução por ônibus, conforme identificado nos estudos, está na possibilidade de extensão dos corredores estruturais de transporte coletivo para bairros populosos e mais distantes da área central a um custo menor do que a solução ferroviária com o VLT (
Com Assessoria).