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Quinta-feira, 01 de agosto de 2024

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Investigação complexa

Delegada ouve familiares de vendedora morta após cirurgia hoje e solicita perícia complementar em necropsia

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto/Reprodução

Delegada ouve familiares de vendedora morta após cirurgia hoje e solicita perícia complementar em necropsia
A delegada Luciani Barros Pereira de Lima, da 2ª Delegacia de Polícia de Cuiabá, que conduz o inquérito policial para apurar a morte de Ketiane Eliza da Silva, 27 anos, que foi a óbito após passar por procedimentos estéticos, uvirá nesta quarta-feira (28.04) familiares da a vendedora. Além disto, ela ainda pediu uma perícia complementar ao laudo de necrópsia confeccionado pela Politec.


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Os prontuários médicos de Keitiane requisitados aos dois hospitais, onde a paciente realizou as cirurgias estéticas e também à unidade de saúde para onde ela encaminhada a uma UTI e veio a óbito, já foram entregues à delegada. 

“Estamos encaminhando para análise dos peritos os prontuários médicos do Valore Day e do Santa Rosa e solicitando uma perícia complementar ao laudo de necrópsia confeccionado pela Politec”, explicou a delegada.

A delegada reiterou que a investigação é bastante complexa e várias diligências estão em andamento  para reunir informações que possam levar ao esclarecimento da morte de Keitiane. 

Como divulgado em primeira mão pelo Olhar Direto, o laudo de necropsia produzido por peritos do Instituto Médico Legal da Politec concluiu que Keitiane Eliza da Silva não sofreu lesões em órgãos ou vasos sanguíneos, após as cirurgias estéticas que ela realizou em um hospital de Cuiabá.

A vendedora morreu em decorrência de um choque hemorrágico na madrugada de 14 de abril, horas depois de passar por quatro cirurgias. 

A perícia levantou a suspeita de ela possa ter sofrido um distúrbio de coagulação sanguínea, uma vez que houve diversos pontos de sangramento por todo o corpo. Essa suspeita será apurada com a análise dos prontuários médicos e exames que foram requisitados ao hospital onde a paciente realizou as cirurgias plásticas.

Detalhes do laudo

Laudo de necropsia da vendedora, ao qual o Olhar Direto teve acesso, aponta que não foi encontrada nenhuma perfuração ou ruptura nos órgãos da vítima e confirma que a morte se deu por choque hemorrágico. As lesões que haviam no corpo batem com procedimentos realizados no dia e anteriormente ao óbito e também com outro feito para determinar o motivo de sua piora após as plásticas.
 
Ainda segundo o exame feito pela perícia, havia presença de sangue na cavidade que fica no abdômen e na qual está a maioria dos órgãos abdominais. Porém, não foi encontrada nenhuma perfuração ou ruptura nos órgãos da vítima.

O laudo confirma que a morte se deu por choque hemorrágico, causado por instrumento cortante e pontua que não há indícios de que o óbito tenha sido produzido por meio ardiloso ou cruel.

Procedimentos

Os procedimentos cirúrgicos realizados na vendedora foram: lipoescultura com enxerto de gordura em glúteo, abdominoplastia e correção de uma cicatriz na mama, sendo que este último não havia sido feito pelo cirurgião plástico. Toda a cirurgia demorou cerca de seis horas (começou às 08h e terminou às 14h).

“Em pré-consulta com médicos anestesista e cardiologista, a paciente realizou todos os exames necessários e os mesmos não apresentaram nenhuma anormalidade. Portanto, a paciente estava apta ao procedimento e, assim, foi liberada para realizá-lo”, diz trecho da nota encaminhada pelo médico Alexandre Veloso, responsável pelos procedimentos.

A assessoria jurídica afirma ainda que o médico disponibilizou assistentes sociais e psicólogas para prestarem atendimento aos familiares da jovem e reforçou que prestou todos os atendimentos necessários e em momento algum se furtou de estar presente e acompanhando-a.
 
“Em nome de todo corpo clínico que participou deste procedimento e dos que fizeram o atendimento posterior, principalmente em nome do médico Alexandre Veloso, a assessoria jurídica esclarece que todo procedimento cirúrgico possui risco, mas se coloca à disposição da família, da mídia e protocolos legais na certeza de que cumpriram todos os protocolos de segurança e saúde. Por fim, o médico Alexandre Veloso externa seu mais profundo sentimento de pesar”, finaliza a nota.

O caso

A vendedora de veículos Keitiane Eliza da SIlva, de 27 anos, faleceu na madrugada desta terça-feira (13), depois de passar por uma cirurgia plástica no Valore Day Hospital, localizado no bairro Santa Rosa, em Cuiabá. O médico que operou Keitiane se chama Alexandre Veloso.

Por volta da meia noite desta quarta-feira (14), a jovem apresentou instabilidade em seu quadro e teve uma parada cardíaca e foi transferência para uma Unidade Intensiva de Saúde (UTI) no Hospital Santa Rosa, onde faleceu. 

O Valore Day Hospital foi aberto em outubro de 2018 e é específico para a realização de cirurgias eletivas, ou seja, as que não são de urgência. O médico Alexandre Veloso manifestou-se sobre o caso por meio de nota oficial assinada pelo advogado Rony de Abreu Munhoz.
 
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