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Sábado, 04 de maio de 2024

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reflexos da crise

Exportação de carne em Mato Grosso teve queda de 20%

Os números relativos à exportação de carne bovina em Mato Grosso, no primeiro semestre deste ano não são nada bons. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior - SECEX do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, elaborados pelo Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária No primeiro semestre de 2008 Mato Grosso exportou 163 mil de toneladas de carne.No mesmo período deste ano,  foram exportadas  131 mil de toneladas,  uma  queda de 20%.


A redução no volume exportado ocorreu nos principais destinos da carne do estado, exceto a China, que subiu 125%, passando de quatro  para nove mil toneladas, segundo o Imea. Com queda nas exportações de nove mil de toneladas, a Venezuela registrou a maior baixa no período analisado pelo Imea. De 14 mil caiu para cinco mil toneladas no primeiro semestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008, uma queda de 64%. “Isso aconteceu porque era mais interessante vender a carne no mercado interno do que externo. A Venezuela consome a carne do dianteiro que é mais barata e o mercado interno está pagando melhor por este tipo de carne”, analisa Luciano Vacari, superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). 

 O aumento de exportação para China é reflexo da compra de miúdos. Somente neste ano a China comprou mais de 82% de todo o embarque de miúdos. Os US$ 12,6 milhões embarcados de janeiro a julho de 2009 pelos chineses já superam todo o montante exportado em 2007, quando levaram US$ 10,6 milhões.
 
O superintendente da Acrimat explica que com a queda das exportações para Europa, por exemplo, que compra carnes mais nobres (traseiro), o consumidor brasileiro está consumindo mais carne de primeira, pois tiveram queda nos preços no varejo. O preço do filé mignon caiu de 32% e o da picanha 33%, enquanto isso a carne de segunda como o músculo subiu 4,53% nesse período de 2008 para 2009. “É a lei da oferta e procura, mas infelizmente essa queda expressiva nos preços da picanha e filé mignon no varejo, o consumidor não sentiu nas gôndolas dos supermercados, pois essa baixa não é repassada nos mesmos patamares para a população, o que é uma falta de respeito para nosso consumidor”, disse o superintendente da Acrimat.

A Rússia, que voltou a importar carne in natura brasileira no mês passado, ainda continua sendo o nosso principal destino, pois mesmo com uma redução de 4 mil toneladas, o volume exportado foi de 45 mil toneladas no mês de julho. As exportações para o Oriente Médio caíram 3 mil toneladas, acompanhando o atual cenário e para os demais países as exportações saíra de 45 mil no primeiro semestre de 2008 para 34 mil em 2009.
 
“A meta é sempre vender para o mercado externo, pois a rentabilidade é sempre maior, e o que não conseguimos colocar lá fora fica para o consumo interno. Hoje 70% do que produzimos fica no Brasil e 30% são exportados. Gostaríamos que esses percentuais fossem invertidos quando analisamos retorno financeiro. Mas, existem momentos em que o mercado interno é mais interessante que o externo e todos estão atentos a essas oscilações”, frisou Luciano Vacari.


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