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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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Variante Delta preocupa

Mato Grosso deve antecipar segunda dose para 70 dias após primeira aplicação, diz secretário

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Mato Grosso deve antecipar segunda dose para 70 dias após primeira aplicação, diz secretário
O secretário estadual de Saúde (SES), Gilberto Figueiredo, afirmou nesta sexta-feira (09) que Mato Grosso discute e deve adotar a antecipação da segunda dose para 70 dias após a primeira aplicação. A intenção é avançar ainda mais no plano de imunização e tentar cobrir a população de forma mais eficaz contra a variante Delta da Covid-19, que tem preocupado os cientistas.


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“Estamos discutindo a antecipação da segunda dose. Em vez de executar dentro dos 86 dias, tentar antecipar para 70 dias. Estudos nos mostram que não perde a eficácia. Além disto, temos muitas vacinas com data de vencimento que podem ficar próximos. Estamos debruçados neste assunto e muito propensos a fazer isto”, pontuou o secretário.
 
Gilberto ainda lembra que o Estado tem guardado em estoque uma grande quantidade de vacinas, que são destinadas a segunda aplicação. A confirmação desta antecipação ajudaria a desafogar o local.
 
“Dentro deste prazo, não perdemos a eficácia da vacina e podemos agilizar o processo”, completa o secretário. Gilberto também disse crer que toda a população adulta esteja vacinada até o fim do ano.

Gilberto não especificou qual seriam as vacinas que teriam antecipação. Porém, das aplicadas no país, apenas Pfizer e Astrazeneca tem um período mais dilatado, de quase três meses para que as pessoas recebam a segunda dose.
 
Cumprindo extensa agenda em Mato Grosso, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, aproveitou evento realizado em Rondonópolis, na manhã desta sexta-feira (09), para reforçar a promessa de que toda a população adulta do Brasil receberá ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19 até o fim de setembro.

Cuiabá

Algumas cidades do Brasil decidiram reduzir o intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina AstraZeneca, com o objetivo de ampliar a proteção da população contra a variante Delta do coronavírus, que coloca em perigo a imunização no país. Porém, questionada pelo Olhar Direto, a Prefeitura de Cuiabá pontuou que isso só deve acontecer por aqui caso haja uma decisão do Ministério da Saúde.

Já divulgaram a redução do intervalo cidades dos seguintes estados: Pernambuco (60 dias), Acre (45 dias), Santa Catarina (70 dias), Tocantins (80 dias), Espírito Santo (70 dias) e Piauí (70 dias).

Houve ainda mudanças pontuais para grupos ou faixas etárias: Ceará, Alagoas e Sergipe. O estado de São Paulo também manifestou a intenção de encurtar o prazo, mas disse ainda depender de aval da Anvisa.

Em Cuiabá, a prefeitura disse que "em relação à possibilidade de reduzir o intervalo de aplicação entre a primeira e a segunda dose da vacina Astrazeneca, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que segue as determinações do Ministério da Saúde, através do Plano Nacional de Imunização. Portanto, qualquer alteração em relação ao prazo de aplicação, deverá ser precedida de normatização por parte do Ministério da Saúde".
 
Terceira dose da Pfizer
 
Na quinta-feira (08), a Pfizer anunciou que a aplicação de uma terceira dose da vacina pode aumentar de cinco a dez vezes os níveis de anticorpos contra a Covid-19. O dado é parte de um estudo sobre a possibilidade de uma dose de reforço, que teria aplicação seis meses após a segunda.
 
Segundo o secretário Gilberto Figueiredo, esta questão ainda não está sendo discutida, já que ainda está em fase de estudos preliminares.
 
De acordo com a farmacêutica, os resultados da vacinação em Israel, realizada em massa na população, apontam que a eficácia de proteção do imunizante começa a cair após seis meses do esquema vacinal completo.
 
A empresa deve publicar dados em breve para submeter à agência americana de regulamentação de remédios, e solicitar autorização para a aplicação de uma dose de reforço a partir do mês que vem. Vale destacar, que o imunizante manteve ao longo de seis meses proteção alta contra a forma grave da doença, e a dose de reforço leva em consideração o declínio observado nos quadros sintomáticos e o surgimento contínuo de variantes.

Variante Delta

A variante Delta (antes B.1.617.2) do coronavírus pode abrir um novo capítulo na pandemia de Covid-19. Ainda há poucos casos no Brasil, mas ela já é uma preocupação porque parece ser mais transmissível do que as linhagens anteriores.

Para não estigmatizar os países em que as mutantes surgem, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a utilizar o alfabeto grego para nomear as variantes de preocupação, assim classificadas porque alteram o comportamento do coronavírus e podem influenciar o curso da pandemia.

São elas: Alfa, identificada no Reino Unido, a Beta, detectada na África do Sul, a Gama (ou P.1), que surgiu no Brasil, e a Delta, descoberta na Índia, onde se espalhou de forma crítica, causando uma segunda onda mais agressiva.

O governo britânico divulgou que a Delta pode ser até 40% mais transmissível que a Alfa, e um estudo escocês, publicado no periódico The Lancet, aponta que a variante fez crescer casos que exigiram internação naquele país.
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