Focando na redução do tempo de espera pelas cirurgias eletivas e da fila para realização dos procedimentos, o governador Mauro Mendes (DEM) assinou na tarde desta quinta-feira (15) decreto de lançamento do Mais MT Cirurgias, programa que irá realizar 22,5 mil cirurgias, 69,5 mil exames de alta complexidade e 90 mil procedimentos ambulatoriais, com investimento de R$ 105 milhões.
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Ao lançar o programa, o governador afirmou que a pandemia prejudicou muito saúde pública em Mato Grosso. O programa, segundo o governo, já era uma meta do governo para o início de 2020. Os planos, no entanto, foram por água abaixo devido ao surgimento da Covid-19 e a determinação do SUS de suspender todas as cirurgias eletivas.
“Grande parte dos nossos recursos foram canalizados para que nós pudéssemos fazer o atendimento prioritário na pandemia e isso gerou uma demanda reprimida muito grande, mesmo com o esforço extraordinário dos hospitais regionais, municípios e consórcios, que conseguiram manter um certo nível de operacionalização dessas atividades”, declarou.
De acordo com o governador, o financiamento dessas cirurgias irá contar com participação da União, mas que o estado irá programar um nível alto de subsídios de incentivo, já que a contrapartida prevista pela tabela SUS está defasada há anos.
“A chamada tabela SUS tem sido discutida em nível do governo federal. Essa tabela SUS tem anos, décadas sem atualização, a última mudança foi em 2002. Isso não é certo. Uma tabela que foi feita em 2002, nós estamos 20 anos da mesma tabela. Então vira um jogo de faz de conta, porque ai em alguns lugares é uma tabela SUS, num estado é de um jeito, no município de outro, todo mundo se virando como pode pra tentar atender a população”.
Por conta disso, Mauro defendeu que o Congresso atue para mudança desse sistema de financiamento dos serviços de Saúde. “E essa que deveria ser a grande referência para contratação de serviço público, está defasada há quase 20 anos. Então é um bom tema para nossos parlamentares federais levar lá em Brasília e tentar fazer uma discussão e acabar com essa história que existe uma tabela de referência para o serviço público de saúde”.
Santa Casa
Ainda de acordo com o governador, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) pretende retirar todos os casos de Covid-19 da Santa Casa, em Cuiabá, que ficará exclusivamente para atender essa demanda.
“Estamos na casa de 70% (taxa de ocupação de leitos com a Covid) e com isso a gente pretende liberar toda a Santa Casa, um hospital importante, com mais de 200 leitos e 10 salas cirúrgicas. Passando todo atendimento para o Metropolitano, que está dedicado exclusivamente à Covid. Com isso, liberamos esse importante hospital da capital para cirurgias de alta complexidade, cirurgias que em muitas regiões não temos profissionais para fazê-las”, explicou.
