A delegada Carla Lindenberg Nogueira representou pela conversão da prisão temporária em prisão preventiva da filha e genro do idoso. A Justiça acatou a representação e ambos tiveram a prisão convertida.
“Muito embora o laudo do local de crime foi inconclusivo, a investigação não descarta a possibilidade de ter sido um incêndio provocado. Juntando outras provas, entendemos que houve crime e ambos foram indiciados por homicídio qualificado”, explicou a delegada.
A filha e o genro de Toshio Ono foram presos no dia 22 de julho em cumprimento a decisões judiciais dentro do inquérito que apurou a morte do idoso. Foram realizadas diversas diligências e oitivas de familiares e testemunhas, além das perícias realizadas na casa onde ocorreu o incêndio e exame de DNA.
Incêndio
Durante rondas no centro da Mirassol d’Oeste, uma equipe da Polícia Militar avistou uma grande nuvem de fumaça e ao checar a origem, se deparou com uma residência em chamas.
No local estavam pessoas que moravam em uma residência próxima ao local do incêndio e não conseguiram sair do quintal, sendo socorridos pelos policiais que removeram o portão e retiraram as pessoas que pediam por socorro.
Os policiais solicitaram apoio da prefeitura do município e de uma usina com caminhões-pipa para conter as chamas. As testemunhas, em estado de choque, informaram que estavam dormindo em uma casa nos fundos no mesmo quintal da casa do idoso, e que quando perceberam o fogo já estava alastrado.
Inicialmente, as testemunhas disseram que não sabiam que a vítima que morreu carbonizada estava dentro da casa, pois o mesmo costumava dormir na casa de parentes.
Os policiais foram na casa de familiares onde a vítima costumava pernoitar e não o encontraram. Somente após o fogo ser controlado com uso de três caminhões-pipa, foi possível encontrar a vítima carbonizada, em meio aos escombros.