As diligências foram realizadas na semana passada, após uma denúncia anônima que informava que a criança estaria enterrada na residência onde o homem morava com a avó de Samuel à época do desaparecimento. No entanto, a denúncia não foi confirmada durante as buscas.
A mãe da criança, Analice da Silva Gomes contou ao
Olhar Direto que três dias depois do desaparecimento de Samuel, o homem teria chegado na casa onde ela mora e dito que o pastor da igreja que ele frequentava teria tido uma ‘revelação’. Na ocasião, o homem teria acrescentado que Samuel estaria morto e que não adiantava procurá-lo.
“Eu ainda falei que se ele estava morto, a gente queria saber onde estava o corpo. Fiquei intrigada esse tempo todo. Para quem dizia que amava o Samuel, ele nem se quer ajudou a gente procurar ele. Passaram se dez dias e ele sumiu e foi embora”, conta Analice, que nunca mais teve contato com o homem.
A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança e Idoso de Rondonópolis informou que o inquérito policial sobre o caso continua em andamento e diversas diligências estão sendo realizadas.
No decorrer do inquérito foram realizados diversos procedimentos, incluindo oitivas de familiares, testemunhas e vizinhos da criança, além de buscas e checagem de informações recebidas pela Polícia Civil para esclarecer o desaparecimento de Samuel.
A Polícia Civil asseverou que o caso não está encerrado e conta com apoio da população para que novas informações que possam auxiliar nas investigações cheguem à unidade.
As denúncias podem ser feitas através do 197 do telefone
(66) 3423-1754 e através do aplicativo WhatsApp
(66) 9 9937-5462.
O caso
Samuel foi dado como desaparecido no dia 20 de outubro de 2019. De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela sua avó, o garoto que vivia com a família em uma residência no bairro Jardim Iguassu, estaria no quarto e, quando ela foi até o cômodo verificar, ele não estava mais lá.
Desde o seu desaparecimento, a família promoveu campanhas em redes sociais e o caso foi amplamente divulgado pela imprensa de Mato Grosso. A Polícia Civil ouviu moradores, familiares amigos e professores da criança, mas não conseguiu uma pista efetiva sobre como o menino desapareceu.
Poucos dias depois do desaparecimento, a mãe de Samuel recebeu uma mensagem por aplicativo de celular de alguém usando um número desconhecido, dizendo que estava com a criança e pedindo um resgate no valor R$ 20 mil.
A Polícia Civil foi acionada, mas os investigadores descobriram que o pedido de resgate era apenas um trote.
A mãe também recebeu dias depois novas mensagens e fotos de uma orelha mutilada como se fosse do garoto, mas também foi identificada como um novo trote.