A gigante japonesa de eletrônicos Panasonic ofereceu abrir mão de alguns ativos, sem identificá-los, em um esforço para obter aprovação de autoridades antitruste da Europa para comprar a rival Sanyo.
A Comissão Europeia estendeu na quinta-feira o prazo de investigação do negócio em 10 dias úteis, para até 29 de setembro, para examinar a proposta.
A Comissão, órgão executivo do bloco de 27 países da União Europeia, não informou quais ativos a Panasonic informou que venderia.
O porta-voz da Panasonic Akira Kadota se recusou a comentar o assunto, porque o tema ainda está sob revisão dos órgãos antitruste.
A Panasonic, maior fabricante mundial de televisores de plasma, disse em dezembro passado que iria gastar até 400 bilhões de ienes (4,34 bilhões de dólares) para comprar a Sanyo, reforçando sua presença no segmento de baterias recarregáveis e nos mercados de equipamentos de energia solar.
A Panasonic, que briga com a Sony pelo título de maior produtora de eletrônicos de consumo, obteve aval de reguladores antitruste do Japão neste mês para adquirir a Sanyo.
A companhia pediu autorização para órgãos de concorrência de 11 regiões e países, incluindo China, Estados Unidos e Europa.
A empresa resultante da combinação de Panasonic e Sanyo terá uma posição dominante no mercado de baterias para carros elétricos.
A Sanyo, maior fabricante mundial de baterias recarregáveis, está desenvolvendo baterias de íon lítio para carros com a Volkswagen.