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Segunda-feira, 29 de julho de 2024

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Tribunal do Crime

DHPP prende mais um e indicia sete membros do CV que mutilaram e evisceraram suposto informante da polícia

Foto: Fabiana Mendes/Olhar Direto

DHPP prende mais um e indicia sete membros do CV que mutilaram e evisceraram suposto informante da polícia
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá prendeu, na quinta-feira (28), mais um dos envolvidos na morte de João Gabriel Silva de Jesus, 20, que foi mutilado e eviscerado após ‘condenação’ no chamado Tribunal do Crime, em dezembro de 2018, no bairro Jardim Eldorado, em Várzea Grande. Ao todo, sete pessoas acabaram indiciadas.


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A investigação minuciosa conduzida pelo delegado Caio Fernando Albuquerque, da DHPP, apurou que João Gabriel foi atraído até uma casa onde foi julgado no 'tribunal do crime' por supostamente ser informante da polícia e denunciar ações criminosas ocorridas no bairro.
 
No celular da vítima, os membros do Comando Vermelho (CV) identificaram que João Victor seria um informante e decidiram, então, executá-lo. O rapaz foi torturado e espancado e depois atingido por disparos de arma de fogo.
 
O jovem ainda sofreu lesões por arma cortante no pescoço e no crânio, teve o abdômen dilacerado, o que causou a exposição das vísceras, e teve uma das mãos amputadas.
 
O corpo foi desovado em um terreno baldio no bairro Parque Paiaguás, na região do São Mateus, onde foi localizado no dia 21 de dezembro de 2018, em decomposição, três dias após o desaparecimento de João Victor ser registrado.
 
Além da prisão de ontem, outros criminosos já haviam sido detidos no mês de setembro. Dois estão foragidos.
 
Quatro deles estavam envolvidos diretamente na execução e foram os responsáveis por atrair e levar a vítima até a cena do crime e na execução do homicídio.
Outras pessoas também atuaram indiretamente com ações acessórias que incluíram a remoção do corpo da casa para levar até o local onde foi desovado, o sumiço da motocicleta usada pela vítima e também aqueles que cuidaram, entre outros detalhes, para dar fim aos veículos utilizados no crime.
 
“Foi um crime chocante, executado para demostrar força e medo e passar um sentimento de poder em relação aos executores. Mas, a atuação da Polícia Civil conseguiu, por meio de um trabalho minucioso, levantar e identificar os envolvidos no crime”, comentou o delegado Caio Albuquerque, que conduziu a investigação e a conclusão do inquérito.
 
No dia 29 de setembro deste ano, dois executores diretos do homicídio foram presos. Um deles é a pessoa que atraiu a vítima para a casa onde ocorreu o crime e trouxe o celular de João Victor para ser vistoriado por outro criminoso, que teria uma função mais importante no grupo criminoso, e determinou a morte da vítima.

Ainda conforme as investigações da DHPP, João Gabriel não tinha histórico de crimes, além disso, não há qualquer informação de que ele integrava a facção criminosa. Ele tinha morava na mesma região onde foi morto e próximo de familiares.
 
Todos os envolvidos no homicídio têm passagens criminais.

Durante a operação realizada pela DHPP, no fim de setembro, foram presos Denilson Oliveira Silva (‘Piranha’) e Kelven Jonathan de Souza. Além disto, durante os cumprimentos de buscas e apreensões, Lucas Matheus Martins também acabou sendo detido em flagrante, por posse de entorpecentes.
 
Lucas Matheus, que foi encontrado com drogas durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, havia saído recentemente da cadeia.
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