A CPI da Corrupção no Rio Grande do Sul, que investiga denúncias contra a governadora gaúcha Yeda Crusius (PSDB), deverá chamar o empresário Lair Ferst para depor.
A proposta para que Ferst fosse ouvido na CPI foi feita pelo deputado estadual Gilmar Sossella (PDT) durante a sessão extraordinária de hoje. Porém, o convite não foi aprovado porque não havia quorum --os oito deputados da base aliada que integram a CPI da Corrupção não estavam presentes.
Ex-aliado de Yeda, Ferst é apontado como figura-chave do suposto esquema de fraude que teria desviado R$ 44 milhões do Detran do RS, que foi descoberto pela Polícia Federal através da Operação Rodin no final de 2007 e desencadeou a crise política no Estado.
Em depoimento prestado pelo empresário ao Ministério Público Federal em janeiro deste ano, o empresário disse que a troca de fundações na prestação de serviços para o Detran foi arquitetada por pessoas próximas à Yeda, como o ex-secretário Geral do governo Delson Martini, da assessora especial Walna Villarins Meneses e do ex-marido da governadora, Carlos Crusius.
O depoimento é parte integrante dos processos resultantes da Operação Rodin que foram disponibilizados pela juíza Simoni Barbisan Fortes à presidenta da CPI da Corrupção, Stela Farias (PT).
Além de Ferst, a oposição quer ainda convidar a depor o vice-governador Paulo Feijó e os ex-presidentes do Detran Estella Máris Simon e Sérgio Buchmann.
Com o esvaziamento provocado pelos deputados governistas, os deputados da oposição pretendem convidar pessoas que tenham relação com os fatos previstos no requerimento de instalação da CPI --já que convites informais não precisam ser aprovados, ao contrário das convocações.