O senador licenciado Jaime Campos (DEM) rechaçou com veemência as declarações do governador Blairo Maggi (PR) sobre o seu pedido de licença por 130 dias, entregue em agosto e que colocou o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (Dnit), Luiz Antônio Pagot, numa 'sinuca de bico' politicamente. Maggi acusou o democrata de ter agido propositalmente para forçar a renúncia de Pagot ao cargo de suplente de senador.
“Ele (Maggi) interprete como quiser. Ele tira licença para viajar para o exterior e fazer o que bem entender, mas nunca falei nada. Ele está fazendo um vendaval, uma tempestade em copo d’água”, afirmou em entrevista ao
Olhar Direto.
O senador Jaime Campos também rebateu as declarações de Maggi sobre sua atuação como parlamentar. Isso porque o governador reclamou dos mandatos dos democratas, e se disse feliz com Osvaldo Sobrinho (PTB) no cargo. “Não é verdade que somente agora Mato Grosso terá um senador. Mato Grosso sempre teve um senador. Sempre fui leal a ele (Maggi) e ao governo”, contestou.
Jaime também revelou que comunicou a Pagot e Sobrinho com antecedência sobre seu pedido de licença e alegou ter problemas pessoais para resolver, inclusive de saúde. “’Nunca interferi nos pedidos de licença dele (Maggi) e não admito que ele interfira nos meus. Não teve nada proposital, há um equivoco na avaliação do governador”, finalizou.
A aliança PR e DEM está cada vez mais difícil de ser mantida. O pedido de licença do senador Jaime Campos esquentou ainda mais o clima entre democratas e republicanos. Isso porque forçou Pagot a renunciar ao cargo, já que era primeiro suplente de Campos, e atualmente ocupa o cargo de diretor-geral do Dnit.
Quem saiu ganhando com isso foi o grupo de oposição. Osvaldo Sobrinho está ligado diretamente ao prefeito Wilson Santos (PSDB) potencial candidato ao governo em 2010 e já tem avançado nas conversações com os democratas.
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