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Sábado, 04 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

conflito na saúde

Médicos ainda insistem na saída de Luiz Soares da secretaria

“Não derrubamos um presidente quando estávamos insatisfeitos?”, questionou o médico Alberto Bicudo Salomão, um dos cirurgiões demissionários do Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC), fazendo clara referência ao movimento dos ‘caras pintadas’ que exigiu o impeachment do então presidente da República, Fernando Collor de Mello e ao pedido da classe pela demissão do secretário municipal de Saúde, Luiz Soares.


Segundo ele, em declaração dada por telefone ao Olhar Direto, não há mais “clima” para a manutenção do secretário na chefia da pasta. “O erro da atual gestão foi a quebra do diálogo com o médico. Como vamos dialogar com alguém que  uma semana atrás dizia não conversar com médicos?”

Bicudo afirma que se a prefeitura não conseguir negociar, ao fim dos 30 dias de aviso prévio que estão sendo cumpridos pelos 68 médicos demissionários da rede pública municipal de saúde, o HPSMC ficará sem 24 dos 28 cirurgiões. “E ai eu quero saber o que vão fazer. Colocar recém formado para abrir barriga não dá”, alertou o médico.

O médico criticou a reposta de Wilson Santos (PSDB), em não permitir interferências na gestão da prefeitura. “Ele está a serviço do povo. Nós fazemos parte do povo. Por que ele não pode nos ouvir, saber por que queremos a demissão do secretário? Por que ele não aceita sugestões? Estamos em tempos de democracia. Antes, durante a ditadura, alguém era colocado no poder para mandar, hoje não é mias assim”, falou Alberto Bicudo, médico no HPSMC desde 2003.

Em caráter pessoal, o médico ainda afirmou acreditar que “ninguém é insubstituível” e acrescentou questionando se não existe qualquer pessoa mais indicado par o cargo em toda Cuiabá.

Os médicos paralisaram atividades desde segunda-feira (07), mantendo apenas os serviços de urgência, mesmo após uma proposta de negociação do prefeito. Dos 68 médicos demissionários, 44 são pediatras e clínicos das unidades do PSF (Programa de Saúde Familiar). Os protestos são motivados, segundo o sindicato dos médicos, por uma suposta falta de condições do exercício pleno da medicina, difícil relacionamento com o secretário de Saúde, Luiz Soares, e reivindicação do piso salarial nacional, de R$ 8.822.
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