O senador Oswaldo Sobrinho (PTB) avaliou como um avanço o uso da internet nas campanhas de candidatos, partidos políticos e coligações como forma de comunicação ao eleitor. No entanto, ele sinalizou ser favorável à proibição de propaganda eleitoral gratuita em páginas de informativos pessoais da internet.

De acordo com  Sobrinho, os relatores do projeto que propõem a liberação da internet no Senado, Eduardo Azeredo (PSDB/MG) e Marco Maciel (DEM-PE), propuseram alterações muito bem embasadas no projeto que veio da Câmara Federal, onde eles defenderam a liberação a campanha eleitoral na rede, mas com a restrição da publicidade, para que essa seja veiculada somente em sites voltados à veiculação de notícias.

Mantendo a proibição de propagandas em páginas pessoais e jurídicas, cuja atividade final não seja relacionada à oferta de serviços de informação pela internet.

“Os relatores estão bem preparados. Gostei da explanação deles, é um bom texto. Eles estão lapidando a proposta da Câmara, por meio de emendas”, afirmou Sobrinho.

Ele citou como exemplo de benefício da internet, o uso dela em grande parte da campanha eleitoral de Barack Obama, nos Estados Unidos. No entanto, ele defende que é necessário impor limites a um veículo relativamente “novo” e aprovar uma Lei que consiga prevê e regimentar sobre problemas futuros, relacionados ao uso da ferramenta de comunicação.

Os senadores têm pressa em deliberar sobre a matéria, pois mudanças que alterem as regras das eleições de 2010 precisam ser aprovadas e promulgadas pelo menos um ano antes do pleito, ou seja, até 3 de outubro deste ano.

Para que isso seja possível, conforme explicação do presidente da CCJ, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), as comissões precisam decidir sobre a matéria na terça-feira, para que o Plenário da Casa possa apreciar a proposta na quarta-feira (2) e enviá-la, no mesmo dia, para a Câmara dos Deputados.