A confiança do consumidor americano na economia cresceu no início deste mês e chegou ao maior nível desde junho, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira pela Universidade de Michigan. O índice apurado pela instituição ficou em 70,2 pontos, contra 65,7 em agosto.

O dado ficou acima do esperado pelos analistas, que previam um índice de 67,3 pontos, de acordo com a agência de notícias Reuters.

O índice de expectativas dos consumidores para os próximos meses, por sua vez, subiu para 69,2 no levantamento preliminar divulgado hoje, contra 65 em agosto.

"A confiança se recuperou no início de setembro, à medida em que os consumidores esperam que a economia melhore, apesar de concluírem, de modo relutante, que suas próprias situações econômicas continuarão problemáticas por algum tempo", informou a universidade, em um comunicado.

O índice de expectativas para os próximos 12 meses chegou a 79 pontos, o maior desde setembro de 2007, contra 69 em agosto.

Consumo

Dados sobre consumo nos EUA são acompanhados com atenção por analistas e investidores, uma vez que o consumo responde por cerca de dois terços de toda a atividade econômica do país.

Os gastos dos consumidores americanos ainda precisam ganhar força para dar uma contribuição maior à recuperação da economia americana: na divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) feita no mês passado, o governo mostrou que esses gastos caíram de 1% no trimestre passado, resultado pior que o do primeiro, quando houve um aumento de 0,6%.

Em julho, no entanto, houve um aumento, embora pequeno, de 0,2%, marcando o terceiro avanço consecutivo.

A preocupação dos americanos com a situação do mercado de trabalho explica em parte a incerteza dos americanos em relação à economia. No mês passado, foram eliminados 216 mil postos de trabalho, menor corte em um ano, mas a taxa de desemprego subiu para 9,7% --se aproximando, assim, da marca dos 10% a que o presidente americano, Barack Obama, já disse a que a taxa chegaria.