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Movimento grevista

Mauro nega ter feito proposta de 15% a policiais penais e diz não ter medo: ‘se não, não poderia ser governador’

18 Dez 2021 - 08:49

Da Redação - Isabela Mercuri / Da reportagem local - Vinícius Mendes

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Mauro nega ter feito proposta de 15% a policiais penais e diz não ter medo: ‘se não, não poderia ser governador’
O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que a decisão da justiça de considerar a greve dos policiais penais ilegal foi “óbvia”. Segundo ele, está na Constituição que servidores da segurança pública não podem fazer greve, e isso precisa ser respeitado. O chefe do executivo estadual ainda negou que tenha oferecido aumento de 15% à categoria, e disse que não teve medo de problemas maiores nas penitenciárias por conta do movimento: “não posso como governador ter medo de A, B ou C, porque alguém falou isso, falou aquilo. Se não, eu não poderia ser governador desse estado”.


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A fala foi dada no evento de posse da nova diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso (OAB-MT) na noite da última sexta-feira (17), logo após a desembargadora Antônia Siqueira Gonçalves, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, declarar ilegal a greve deflagrada pelo Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado (Sindspen-MT) e determinar retorno imediato ao trabalho sob pena de multa diária de R$ 100 mil.  
 
Mauro disse que a decisão era óbvia, e que o desejo dos policiais penais, de aumento de quase 90% no salário para equiparar ao das outras polícias, “beira a loucura”. “Não tem o menor cabimento pleitear isso. Quando eles fizeram o concurso eles conheciam objetivamente qual que era o salário. Fazer uma reivindicação é algo justo, é legítimo, mas tem que ter o princípio da razoabilidade. Eu também gostaria de dobrar tudo, né? Que eu ganho, que eu recebo, minha empresa fatura, mas não é assim, não é da noite pro dia”, disparou Mauro.
 
Mendes ainda afirmou que o Estado lida com outras categorias, e se fizer concessões a uma, também precisará olhar para as outras. “E tenho que olhar para o bolso do cidadão que vai pagar essa conta. Então eu pergunto, o cidadão mato-grossense quer um governador que cuida corretamente do dinheiro ou quer alguém que alguém pressiona, e dá, alguém pede pra não pagar imposto, não paga, alguém pede pra aumentar despesa e aumenta? Quebra o estado do Mato Grosso como já quase quebrou lá em 2018”, completou.
 
Sobre a proposta de aumento de 15%, percentual divulgado pelo próprio Sindspen e que teria sido oferecido pelo secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho, Mauro alegou desconhecer. “Eu não tenho conhecimento dessa proposta não. Houve uma conversa lá, mas não tem nenhuma proposta oficialmente colocada nesse valor não. Eu nunca falei”, disse.
 
Nos últimos dias, durante a greve, alguns policiais penais se recusaram a receber reeducandos em penitenciárias, o que gerou clima de incertezas no estado. O governador, no entanto, afirmou que não teve medo. “O Estado tem que estar preparado pra fazer qualquer tipo de posicionamento, agindo com correta posicionamento em cima da lei. Eu não posso como governador ter medo de A, B ou C, porque alguém falou isso, falou aquilo. Se não, eu não poderia ser governador desse estado”.
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