O governador Mauro Mendes (DEM) confirmou que irá se reunir com representantes da Polícia Penal nesta quarta-feira (5), mas afirmou que as negociações irão “começar do zero”, ou seja, a proposta feita anteriormente pelo secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, não está mais “na mesa”.

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“O governo fez uma proposta, eles recusaram. Além disso, agora o governo não tem mais nada. Vamos começar do zero, como noticiamos a eles. Se eles entrassem em greve, começaria do zero, e é isso que vai acontecer. Isso foi dito a eles, com toda a clareza, com todas as letras do alfabeto, e eles tinham clareza disso”, afirmou, na tarde desta terça-feira (4).

Os policiais penais entraram em greve no último dia 15 de dezembro, com solicitação de melhores salários, equiparados aos das outras policias. Em reunião com Mauro Carvalho, foi apresentada a proposta de aumento de 15%, que foi rejeitada.

Depois disso, a greve foi considerada ilegal pela justiça. Segundo Mauro, os policiais e o sindicato podem responder por isso. “O judiciário se pronunciou sobre isso, então o governo não tem mais o que dizer além daquilo que foi dito, e o judiciário já declarou a greve ilegal, e já determinou uma série de punições pelo descumprimento da decisão”, afirmou o governador.

Por fim, Mauro ainda afirmou que não tinha elementos para ligar a fuga de 14 reeducandos da penitenciária de Água Boa à greve dos policiais penais. Segundo ele, nenhum relatório ainda foi apresentado sobre o ocorrido.

A fuga de 14 presos da Penitenciária Major PM Zuzi Alves da Silva, em Água Boa (743 quilômetros de Cuiabá) chegou ao conhecimento das autoridades na noite da última segunda-feira (3). Depois do ocorrido, a Polícia Judiciária Civil afirmou que trabalha com várias vertentes. Um dos pontos a ser apurado na investigação é se houve omissão por parte dos policiais penais, pois no período em que os detentos cavavam o túnel, os agentes estavam em greve.