O deputado federal Neri Geller (PP), ex-ministro na gestão Dilma Rousseff, afirmou que foi convidado para a reunião com o ex-presidente (e possível candidato ao mesmo cargo neste ano) Lula, que acontecerá na próxima semana em São Paulo, mas que não poderá comparecer ao evento.

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O PP, partido de Neri, é da base do presidente Bolsonaro (sem partido), mas não foi o escolhido do chefe do executivo nacional para filiação. Recentemente, Lula chegou a ligar para a senadora Katia Abreu (PP) para dizer que iria apoiar sua reeleição no Tocantis. Segundo o Metrópoles, tempos depois o petista afirmou que pretende ter o PP em sua base em um eventual governo.

Em Mato Grosso, Neri e Paulo Araújo – que é deputado estadual pelo PP – participaram de uma reunião no último dia 25 de janeiro, no escritório da deputada federal Rosa Neide (PT). Segundo eles, o objetivo era discutir a situação econômica e a falta de distribuição de renda no Brasil.

Em matéria d’O Globo do último dia 2 de fevereiro, Neri afirmou: “Nós não podemos deixar de reconhecer os avanços que houveram no passado (no governo Lula e Dilma). Conseguimos ajudar muito o setor. Reestruturamos todo o setor do crédito agrícola. Mas, ao mesmo tempo, sou muito pragmático. Estamos apoiando a política do presidente Bolsonaro”.

Segundo Rosa Neide, que é uma das articuladoras da reunião com Lula na próxima semana, a aproximação de Neri é como representante do agro e não significa, necessariamente, apoio. “O deputado Neri Geller foi ministro da presidenta Dilma, ele sabe o quanto o agronegócio teve políticas públicas de fomento ao agronegócio muito forte nos governos Lula e Dilma. Essa é a posição dele, de reconhecer o que foi feito", disse a parlamentar. 

"Só que o partido dele é da base do governo Bolsonaro, e ele ainda está resolvendo as questões no partido dele. Ele só vai tomar uma decisão se for uma decisão partidária, então nesse sentido ele participou de uma reunião conosco, falou que está à disposição para ouvir, para conversar. Como representante do agronegócio ele vai conversar com todos os candidatos a presidente, então não tem da parte dele um compromisso com esse projeto que estamos fazendo no todo. Ele está participando, ouvindo, e também sugerindo questões dentro da expectativa do movimento que faz o presidente Lula. Isso não quer dizer que ele não é da base do atual governo”, completou.