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Sábado, 27 de julho de 2024

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Lideranças de facção

'Sandro Louco', 'Batman' e 'Negão' estão entre alvos de megaoperação da Polícia Civil contra o Comando Vermelho

Foto: Reprodução

'Sandro Louco', 'Batman' e 'Negão' estão entre alvos de megaoperação da Polícia Civil contra o Comando Vermelho
Figurinha carimbada do mundo do crime, Sandro da Silva Rabelo, conhecido como ‘Sandro Louco’, é um dos principais alvos da megaoperação deflagrada nesta terça-feira (08), em ação das delegacias Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) e outras de diversos municípios do interior de estado. Ao todo, são 25 mandados de prisão preventiva.


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Conforme o apurado pelo Olhar Direto, também são alvos de mandados na operação outras lideranças do Comando Vermelho (CV) de Mato Grosso. Entre eles, está também Jonas Souza Gonçalves Junior, conhecido por 'Batman'.

Batman é apontado como um dos principais líderes da facção no Estado e um dos responsáveis pelo departamento financeiro da organização. Ele também é responsável por ataques a agências bancárias.

Além disto, Batman foi o principal investigado da 'Operação Mandatários', deflagrada em janeiro deste ano e que tinha como alvo seis pessoas que atuavam no núcleo contábil do Comando Vermelho em Cuiabá e Várzea Grande. 

O nome da operação faz menção a Loirão (Filipe Antônio Bruschi, que se identificava como advogado mesmo sem ter concluído o curso de Direito), pessoa de confiança de Batman. O suspeito atuava como braço direito e era responsável pela execução das ordens do tesoureiro nas ruas, recolhimento de dinheiro, ou seja, atuava como mandatário do criminoso que se encontra recluso por cometer, entre outros crimes, roubos e furtos a agências bancárias, inclusive com uso de explosivos.  

Outro alvo da Polícia Civil nesta terça-feira é Renildo Silva Rios, vulgo “Negão” ou “Liberdade", que ajudou a idealizar o Comando Vermelho em Mato Grosso, junto com ‘Sandro Louco’; Renato Sigarini, o “Vermelhão” e Miro Arcângelo Gonçalves de Jesus, o “Miro Louco” ou “Gentil”.

O que se sabe é que o Comando Vermelho de Mato Grosso nasceu dentro da Penitenciária Central do Estado – Presídio Pascoal Ramos. Logo após sua criação, foi criado um conselho (Conselho Final ou Final do Estado). O segundo passo foi se organizar de forma independente da facção do Rio de Janeiro, sem a necessidade de prestação de contas, embora mantida aliança entre as organizações.
 
O desrespeito às regras do Comando Vermelho leva a punições, que vão desde a ‘advertência verbal’ até a ‘pena de morte’. Além dos líderes e daqueles que exercem papéis de comando na organização, há outros que participam apenas como “integrantes”, estando estes obrigados ao pagamento de mensalidades, bem como estão sempre à disposição para a prática de crimes, considerados soldados do crime.

Retorno de Sandro Louco

Sandro da Silva Rabelo, conhecido como ‘Sandro Louco’, chegou a Cuiabá na madrugada do dia 31 de maio de 2019. Ele, que estava em uma prisão de segurança máxima no Paraná desde 2016, foi recambiado para a capital mato-grossense após um pedido da defesa. O criminoso chegou no Aeroporto Marechal Rondon em uma aeronave comercial. 
 
O detento é considerado de alta periculosidade e ficará preso na Penitenciária Central do Estado (PCE). Uma das alegações da defesa é a de que Mato Grosso já abriga diversos presos do mesmo nível de Sandro e também a proximidade da família.
 
Sandro Louco possui diversas condenações e a soma das penas ultrapassa 200 anos de reclusão. Antes de ser recambiado para Cuiabá, ele cumpria pena na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas (PR) e é apontado como um dos integrantes da organização criminosa ‘Comando Vermelho’.

Operação Impacto

A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) e Delegacias de Polícia de diversos municípios do interior de estado, deflagrou na manhã desta terça-feira (08.02), a Operação PC Impacto para cumprimento de 104 mandados judiciais contra uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e outros crimes em Mato Grosso. 

As ordens judiciais, sendo 25 mandados de prisão preventiva e 79 de busca e apreensão domiciliar, todas expedidas pela 7ª Vara Criminal da Capital, são cumpridas simultaneamente em 22 municípios do estado, para desarticulação da organização criminosa em diferentes polos de atuação. 

As investigações que resultaram na operação iniciaram em 2019 com êxito na identificação de lideranças e demais integrantes da organização criminosa, seus vínculos e ganhos financeiros obtidos durante o período dos trabalhos investigativos.

Os mandados são cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Colíder, Sinop, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Peixoto de Azevedo, Planalto da Serra, Campo Verde, Primavera do Leste, Guarantã do Norte, Itaúba, Sorriso, Matupá, Terra Nova do Norte, Paranaíta, Campo Novo dos Parecis, Vera, Cláudia, Nova Santa Helena, Cáceres e Rondonópolis, com emprego de mais de 350 policiais civis.
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