O senador Carlos Fávaro (PSD), representante do agronegócio, não descartou a possibilidade de seu partido, o PSD, estar no palanque do ex-presidente Lula (PT) durante o segundo turno da campanha eleitoral, ou até mesmo no primeiro turno, caso não consiga viabilizar uma candidatura própria. Fávaro disse que a sigla pode dialogar com qualquer um dos dois candidatos, mas também criticou a gestão econômica do ministro Paulo Guedes, chamando-a de “kamikaze” e “suicida”.

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Segundo Fávaro, o PSD tem opções de candidatura própria à Presidência, como o senador Rodrigo Pacheco, o governador Eduardo Leite (que já foi convidado para ir para o PSD) e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Apesar de Pacheco ter sinalizado que não sairá à Presidência, Fávaro afirmou que “por cortesia” o partido precisa esperar que ele tome a decisão formalmente.

“Salvaguardado isso, nós temos que dar esse tempo e respeitar a posição interna do PSD, que quer oferecer aos brasileiros uma candidatura própria. Feito isso, se nós não tivermos candidatura própria, ou se tivermos e não chegarmos no segundo turno, é possível sim, diálogo com os dois candidatos que tiverem, nós vamos pensar junto, debater internamente também com a sociedade e decidir quem o PSD vai apoiar”, disse. Questionado se ele Bolsonaro ou Lula pesariam mais, disse: “Eu não vou falar minha opção pessoal e vou falar lá na urna, mas eu sei. Vocês podem imaginar”.

Críticas ao governo

Mesmo sem dizer quem prefere apoiar, Fávaro fez duras críticas à política econômica de Paulo Guedes, rebatendo o que o Ministério disse de sua Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos combustíveis. “Kamikaze é a política econômica do ministro Paulo Guedes. Suicida é a política econômica implementada pelo Paulo Guedes, que tem dezessete milhões de brasileiros passando fome, que tem fila do ossinho, que tem brasileiros não aguentando pagar oito reais em litro de gasolina ou cinco reais o litro diesel e que afeta no preço da comida, que está afetando o bem-estar da população brasileira e ele [Guedes] é total inércia”, disparou.

“Ele não apresenta uma proposta para nós controlarmos o preço dos combustíveis, o próprio ministro Ciro Nogueira, que é ministro chefe da casa civil, disse a semana passada numa entrevista que a política cambial brasileira está desequilibrada. É essa que é kamizaze. A política econômica brasileira que é kamikaze”, completou Fávaro.