O nome do prefeito de Rondonópolis, Zé do Pátio (SDD), como candidato ao governo do estado enfraqueceu nos últimos dias, ao contrário do que parte de seus apoiadores previam. Pátio chegou a dar declarações à imprensa em que comentou não ter medo de ser candidato contra Mauro Mendes (DEM) e de que peitaria políticos mais ligados ao agronegócio.
Leia mais:
Zé do Pátio diz temer que Mauro fique ‘isolado’ e vai conversar com governador sobre apoio a Lula
Pátio articulou a criação do Comitê Pró-Lula em Mato Grosso com um objetivo que, na verdade, nunca foi a candidatura ao governo: a intenção do prefeito de Rondonópolis é ser coordenador de campanha do presidenciável petista no estado e com isso aumentar sua popularidade em um dos estados mais bolsonaristas do país para depois construir outras possibilidades de candidatura, como por exemplo uma candidatura ao governo estadual em 2026.
Fontes ouvidas pela reportagem admitem que além do interesse de Pátio em ser coordenador de Lula, há também dificuldade em criar um ambiente de oposição a Mauro Mendes (DEM) porque o governador nunca encontrou ninguém que se posicionasse como seu antagonista, com exceção de Emanuel Pinheiro (MDB), que teve suas chances reduzidas por conta do afastamento do cargo de prefeito de Cuiabá por conta de denúncias de fraude na Secretaria Municipal de Saúde.
Pátio e outros nomes consolidados na política mato-grossense, entre eles o próprio Wellington Fagundes (PL), compreendem que é muito difícil criar em 2022 um clima de oposição a Mendes. O cenário nacional também não facilita, uma vez que candidaturas ao governo estadual também não são prioridades para o PT em Mato Grosso.
.jpg "Zé do Pátio, provável nome de oposição, se distancia de candidatura ao governo")
