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Domingo, 28 de julho de 2024

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próximas fases do concurso

Candidatos citam carência na PJC e pedem chamamento de mais aprovados para escrivão e investigador

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Candidatos citam carência na PJC e pedem chamamento de mais aprovados para escrivão e investigador
Um grupo composto por cerca de 400 candidatos ao concurso público da Segurança Pública (Sesp-MT) pede a derrubada de um item do edital da Polícia Judiciária Civil, que explica sobre a segunda fase do certame. Em ofício enviado ao governador Mauro Mendes nesta semana, a Comissão de Aprovados e Classificados afirma lutar pelo aumento no número de convocados sob a justificativa de carência no efetivo da Instituição. 

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O item 15.11.2. do edital que dispõe sobre a segunda fase do concurso, uma prova dissertativa (redação), pontua que serão selecionados 406 candidatos de ampla concorrência, 58 das vagas destinadas às Pessoas com Deficiência e 116 candidatos concorrendo às vagas destinadas às Pessoas Pretas ou Pardas. Os candidatos com pontuação na prova objetiva que atingiram 50% ou mais, de cada grupo de conhecimento da prova, segundo ordem decrescente da pontuação, serão selecionados para a próxima fase.
  
Contudo, como justificativa para derrubada do item, o ofício enviado ao Governo do Estado e assinado pelo presidente da Comissão, Maicon Douglas Silva Santos, diz que o último concurso da Instituição ocorreu em 2013. Ou seja, houve intervalo de nove anos entre um certame e o outro.
 
Além disso, segundo o lotacionograma da Polícia Civil, no quarto trimestre de 2021 o quadro de servidores possuía 4 mil cargos criados, tendo somente, 2.016 investigadores, o que representa somente 50% dos cargos ocupados. Ou seja, o número atual é de 1.984 cargos vagos.
 
Já para os cargos de escrivão de polícia, foram criados 1.200 cargos, mas somente 657 servidores foram contratados.  Isso significa 54,75% do efetivo. Ainda há atual desejado e com cerca de 543 cargos vagos.
 
“A gente sabe que nas demais fases, inclusive testes médicos e físicos, chega a reprovar de 50% a 60% dos candidatos. De 580 candidatos que vão para as próximas fases, a gente teria um número muito baixo de formandos. Chamar todos os classificados que tiveram nota superior a 50% exigido no edital, é algo mais sensato. É um número expressivo para que o Governo trabalhe com esse quantitativo de pessoal aprovado nas próximas fases. Somente 580 fica inviável até para o Estado”, explicou o presidente da Comissão ao Olhar Direto.
 
Ainda conforme o ofício, sob o ponto de vista orçamentário, o aumento no número de candidatos não implica na nomeação. O documento ainda acrescenta que todos os gastos das fases subsequentes do concurso (ex.: exames médicos) ocorrem sob as expensas dos próprios candidatos.

"Faz sentido que sejam convocados candidatos a mais, uma vez que tal manobra pouco ou nada custará para o erário público, muito pelo contrário, permitirá que o Estado tenha uma lista de candidatos habilitados a ingressar na carreira frente a eventuais necessidades de recomposição dos quadros funcionais da Administração Pública que surjam no decurso dos atos como acontece nos demais estados da federação", conclui o ofício. 

Vazamento 

O concurso foi realizado no domingo (20 de fevereiro). No dia seguinte as provas, começaram a circular informações sobre o vazamento da prova.  O secretário Alexandre Bustamante garantiu que não há qualquer chance de cancelamento do concurso realizado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp).

Ele afirma que o governador Mauro Mendes acompanha de perto a situação e desconfia que as denúncias de fraude e problemas na aplicação da prova podem ter sido feitas por candidatos que não se saíram bem.
 
“A possibilidade por enquanto é zero (anular). Estamos aguardando a finalização. A responsabilidade pelas provas é da UFMT. Foram 67 mil inscritos, algumas reclamações ao MPE, que está acompanhando todas as atividades da UFMT. Foram feitas perícias nos computadores da universidade para saber a possibilidade de vazamento. Essa possibilidade também é zero, a Polícia Civil e Politec já confirmaram isso, por meio de laudo”, disse, nesta quarta-feira (02), após reunião com Mauro, no Paiaguás.

 
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