O presidente do União Brasil Fabio Garcia afirmou que ele e seu grupo político nunca acreditaram que o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) deixaria o cargo para concorrer a governador do Estado. Para Garcia, Emanuel foi um “fanfarrão” e o episódio mostra que “a palavra dele não tem credibilidade nenhuma”.

Leia também:
Prazo para deixar prefeitura se encerra e Emanuel descarta entrar na disputa pelo Paiaguás

“Nunca acreditamos em WO, acreditamos que teremos uma eleição difícil pela frente, mas a gente nunca acreditou também que Emanuel Pinheiro saísse, ele foi um fanfarrão, ele na verdade ficou sassaricando para lá e para cá sem credibilidade nenhuma para construir nenhum projeto. Portanto, ele mostra somente que a palavra dele não tem credibilidade nenhuma”, afirmou Fabio na manhã desta segunda-feira (4).

Seguindo a lei eleitoral, Emanuel deveria renunciar ao cargo de prefeito até o último sábado (2) se quisesse ser candidato a governador – o que não aconteceu. Mesmo sem apoio do próprio partido, Emanuel começou a falar sobre a possibilidade de disputar o governo ainda no ano passado, quando passou a afirmar que lideranças políticas lhe cobravam a encarar a disputa. Sem sacramentar eventual candidatura, defendeu que era necessário construir um palanque de oposição.

Após a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, Emanuel começou a tentar convencer o senador Wellington Fagundes (PL) a abandonar o projeto de reeleição e voltar a disputar o Paiaguás. O esforço foi em vão e o parlamentar está hoje ainda mais próximo de Mauro, na expectativa de formar um palanque bolsonarista em Mato Grosso.

No mês passado, o prefeito chegou a tirar férias de duas semanas, período em que visitou lideranças políticas e classistas. Apesar de se colocar como 'plano B' do grupo que sonhava com Wellington, passou a afirmar que só pensaria em deixar a prefeitura caso Mauro confirmasse que iria para a reeleição. Ao mesmo tempo, garantiu que seu vice José Stopa (PV) poderia ser seu candidato ao Governo. O aliado negou pretensão de entrar na disputa, mas na sexta-feira (1º) se desligou da Secretaria Municipal de Obras Públicas, o que lhe permitirá encarar o pleito.

A partir de agora, mesmo no comando do município, Emanuel deve ter papel importante na definição da candidatura de oposição a Mauro, assim como no período eleitoral. Além de estar atuando nas conversas sobre a chapa majoritária, liberou aliados que estavam na prefeitura a construir candidaturas à Assembleia Legislativa. Ainda deve ter atuação forte na reeleição do filho, o deputado federal Emanuelzinho, que acabou de se filiar ao MDB.