A vereadora Professora Graciele (PT), de Sinop, entrou com uma representação no Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) para que o órgão investigue a utilização de recursos públicos pela Segurança Pública do Estado para reforço no policiamento da motociata liderada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta terça-feira (19), na Capital.

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De acordo com a parlamentar, a secretaria informou durante a semana que um efetivo de mais de 150 policiais militares era previsto para formar a equipe responsável pela operação.

No documento, Graciele afirma que há fortes indícios de que a utilização de recursos públicos para a realização do evento foi feita "para promoção pessoal" de Bolsonaro, do overnador Mauro Mendes (União), do senador Wellington Fagundes e dos deputados federais Nelson Barbudo e José Medeiros, ambos do PL, já que todos são pré-candidatos a cargos eletivos nas eleições de 2022, o que pode configurar também como "ato de improbidade administrativa".

Bolsonaro, Wellington Fagundes, Medeiros e Barbudo buscam, respectivamente, a reeleição à Presidência, Senado e Câmara dos Deputados. Mauro, mesmo em uma sigla diferente, ainda está na base do governo e busca o apoio do presidente para disputar a reeleição ao Governo.

A representação ainda afirma que há "indícios de lesividade ao patrimônio público e violação da impessoalidade" e que uma apuração deve ser feita para investigar "a utilização de recursos públicos para favorecimento pessoal e consequente violação do princípio da impessoalidade em realização de ato de campanha extemporânea de indivíduos detentores de cargos públicos".