O presidente do União Brasil em Mato Grosso, o ex-deputado federal Fábio Garcia, não viu problema nas declarações do governador Mauro Mendes (UNIÃO) durante a vinda do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Cuiabá. Segundo Fábio, mesmo que o partido tenha candidato próprio, a tendência é que os filiados sejam liberados para apoiar quem quiserem.
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“O que a gente observou no nacional até esse momento, é que o partido vai liberar os seus filiados no apoio presidencial. Então a gente tem essa posição nesse momento de liberdade de posicionamento, estamos trabalhando ela, vamos esperar a definição final do partido, que não é agora”, explicou. “Ainda tem um tempo até as convenções, então temos que ter calma, tranquilidade, mas eu acredito que o União Brasil irá, no final, ainda que apoie presidente A, B ou C, ter uma posição de liberar aqueles estados que tem preferência e candidatos e filiados que tem preferência a outras candidaturas”.
Na terça-feira (19), Mauro recebeu Bolsonaro no aeroporto, e acompanhou o presidente em todas as agendas na capital. Primeiro, foram ao lançamento da Marcha para Jesus na igreja Comunidade das Nações. Depois, passaram na formatura de cerca de 500 militares no Comando Geral da PM. Por fim, participaram da 45ª Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGDAB) no Grande Templo. Em seus discursos, o governador sinalizou apoio ao presidente com frases como a necessidade dos brasileiros sentirem “orgulho de levantar a bandeira verde e amarela”, e que Mato Grosso estaria com Bolsonaro nas eleições de outubro.
Atualmente, o União Brasil trabalha a possibilidade de candidatura do ex-presidente do PSL Luciano Bivar à Presidência da República. No entanto, o partido também tem conversado com o PSDB e o MDB para articular um nome único da chamada ‘terceira via’. Estes outros partidos têm como pré-candidatos o ex-governador de São Paulo João Dória ou o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e a senadora Simone Tebet.
Em Mato Grosso, o presidente Fábio Garcia não participou das agendas com Bolsonaro. Segundo ele, o motivo era uma agenda importante em Brasília com prefeitos de Mato Grosso. Apesar da aproximação de Mauro com o presidente, Garcia não acredita que isso tenha alguma influência na escolha do governador no apoio ao Senado, que hoje gira entre o senador Wellington Fagundes (PL) e o deputado federal Neri Geller (PP).
“Eu acho que está no mesmo pé essa questão do Senado. Isso precisa ser definido até as convenções, nós vamos definir isso até as convenções, iniciar os diálogos, nosso objetivo na verdade é tentar unificar o grupo, mas essa definição vai acontecer até as convenções, é o tempo que a política tem, que a legislação dá e nós vamos trabalhar dentro desse tempo para a gente poder fazer as acomodações necessárias”, afirmou.
