O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou que seu interesse é que quem tem dinheiro, possa pagar pela sua saúde por meio dos planos de saúde, e que o Estado busca uma solução em relação ao Hospital São Luiz, de Cáceres. Segundo ele, a antiga administração recebia em torno de R$ 2 milhões por mês e prestava serviço de R$ 1 milhão. “Isso está errado”.
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O Estado assumiu o hospital no último dia 28 de março, transformando-o de unidade privada filantrópica em unidade pública estadual anexa ao Hospital Regional de Cáceres. Depois disso, no entanto, os usuários que eram atendidos no hospital por meio de plano de saúde ficaram insatisfeitos, já que este era a única unidade privada do município.
O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) chegou a apresentar um projeto de Decreto Legislativo com o intuito de revogar a intervenção estadual, mas retirou-o depois de uma decisão judicial determinar a retomada do atendimento a usuários. Com a decisão da Justiça, o Estado deve continuar gerindo o atendimento o hospital, e a Associação Pró-Saúde continuará fora da gestão. A juíza Henriqueta Fernanda Lima, da 4ª Vara Cível de Cáceres, concedeu a liminar na ação movida pela Unimed. Ela determinou que o Hospital São Luiz mantenha o atendimento aos usuários dos planos de saúde por pelo menos 180 dias.
“A grande preocupação do governo é atender a população como um todo”, argumentou Mauro na última quarta-feira (27). “Lá nós tínhamos um hospital que recebia um valor de em torno de dois milhões e meio por mês e prestava serviço só na casa de um milhão e meio, um milhão por mês. Isso está errado. E lamentavelmente não tínhamos como mudar, porque tinha uma lei federal que autorizava esse tipo de coisa, ou seja, o cara não trabalhar e receber, é um absurdo, por conta da pandemia”, completou.
Segundo o governador, o hospital ‘se aproveitava’ da lei federal para não entregar o combinado e não restou outra alternativa ao Estado. “Estamos prestando serviço a qualquer cidadão, tenha plano, não tenha plano. Claro que interessa ao Governo que os planos existam, quem pode pagar possa pagar, e nós estamos tentando construir uma solução, que não é fácil, porque o que a gente faz na administração pública não é o que a gente deseja, aquilo que a gente acha que é correto, a gente faz na administração em primeiro lugar aquilo que a lei permite fazer”, completou.
Mendes afirmou que na lei brasileira não há a possibilidade de um hospital público atender também ao público particular, mas que busca uma solução para resolver a situação. “Nos interessa que quem possa pagar, possa pagar pelo seu plano de saúde, e ter um atendimento de acordo com o plano”, completou.
