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polêmica da troca de modal

Emanuel rebate e diz que Mauro é quem deve explicar interesses escusos na troca do VLT para BRT

06 Jun 2022 - 14:05

Da Redação - Michael Esquer/ Érika Oliveira

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Emanuel rebate e diz que Mauro é quem deve explicar interesses escusos na troca do VLT para BRT
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), disse que é o governador Mauro Mendes (União Brasil) quem deve se explicar sobre os interesses que motivaram a sua adesão repentina à troca do VLT pelo BRT. Na quinta-feira (2), Mendes disse compreender a existência de interesses “escusos” na suspensão da licitação e das obras do BRT, determinada pelo Tribunal de Contas da União. 


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“Ele é tão leviano e tão irresponsável, que ele tem que ser interpelado pelo ministro", disse Emanuel. "Moleque birrento, se não decide a favor daquilo que ele quer. [Esse] interesse sim, que tem que ser discutido porque uma mudança tão repentina e tão abrupta”, completou o prefeito da Capital ao Olhar Direto.

Para o chefe do Executivo Municipal, Mendes quer empurrar “goela abaixo” um projeto sem discussão, sem debate e sem projeto básico, requisitos que, segundo ele, são atendidos pelo VLT. Por conta disso, Pinheiro defendeu que, na verdade, o governador é quem deve discutir seus interesses com a sociedade.

“Esse interesse de sair do VLT, que [...] teve o apoio dele no começo, teve tudo, teve R$ 1,1 bilhão investidos [...] e de uma hora para outra, sem explicar para ninguém, ele botou de lado e quer empurrar goela abaixo um projeto sem discussão, [...] esses interesses que estão por trás do BRT é que devem ser discutidos pela sociedade, se são escusos ou não”, disse.

“O VLT sempre teve discussão, se tiveram denúncias, que sejam investigadas pelos órgãos competentes e se comprovados os responsáveis que punam com o rigor da lei”, acrescentou. Por fim, o prefeito reafirmou seu apoio à adesão da continuidade das obras do VLT e criticou, novamente, o comportamento de Mendes. 

“O VLT [...] é a representação da virada de página no transporte coletivo de passageiros da região metropolitana. Então, eu fico cada vez mais perplexo de ver como o governador tá desequilibrado, como ele está despreparado para o cargo e começa a atacar atirar pra todo lado. Que bom inclusive [porque] vão levá-lo aí a ter que comprovar”.

Declaração de Mauro 

Mauro Mendes (União Brasil) contou, na manhã de quinta-feira (2), que se reuniu novamente com o ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília na terça-feira (1), e que reafirmou a ele que a decisão de barrar a licitação do BRT era “absurda”. Para Mauro, o próprio ministro e a Prefeitura de Cuiabá, se não recuarem, deverão ser responsabilizados pelos acidentes causados pelos trilhos abandonados do VLT.

“Estive com ele ontem, falei com ele, falei ministro, pelo amor de Deus. Estamos lá com gente morrendo na Avenida da FEB, daqui a pouco a Prefeitura de Cuiabá e o senhor terão que ser responsabilizados, porque parar uma obra, por qual motivo?”, questionou o governador.

Mauro voltou a afirmar que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) já deu aval para a licitação, e, como não há verba federal envolvida, o TCU não tem competência para decidir. “TCU cuida de órgãos federais e de verba federal. Nessa obra não tem um centavo do governo Federal e nem de órgão federal. O Ministério Público já disse isso declinando de participar de uma ação. Chega a ser, entre aspas, incompreensível, mas eu já compreendo os interesses escusos que talvez estejam por trás disso”, denunciou, sem dizer quais seriam estes motivos.

No último dia 6 de maio, o Tribunal de Contas da União (TCU) atendeu a um pedido da prefeitura de Cuiabá e determinou a suspensão da licitação e das obras do Bus Rapid Transit na capital mato-grossense e na cidade de Várzea Grande. Mauro chegou a se reunir com Cedraz para tentar reverter a situação, mas um dia depois do encontro o Pleno do TCU decidiu manter a decisão. O deferimento foi unânime.

Logo em seguida, Mendes classificou a decisão como “presepada” e disse que qualquer “bocozinho” deveria saber que a verba empenhada no projeto é estadual. Mauro Mendes salientou ainda que vai recorrer da decisão. Sem indicar qual via escolherá, o governador garantiu que o caso terá continuidade.
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