Laudo preliminar descartou que a criança de um ano, que morreu afogada, no último domingo (12), em Confresa (1.135 km de Cuiabá) tenha sido estuprada. O laudo apontou que, na verdade, a criança estava com uma forte diarréia. Os pais, que foram presos por homicídio culposo, foram soltos após audiência de custódia.  

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De acordo com o delegado Higo Rafael de Oliveira, o documento foi enviado à delegacia da cidade no final da tarde de quarta-feira (15). O laudo preliminar descartou a prática de ato libidinoso. 

Conforme Oliveira, a perícia constatou que a criança estava com uma forte diarréia, o que pode ter confundido a equipe médica do Hospital Municipal de Confresa, que denunciou a constatação de sinais de abuso, no dia em que a criança deu entrada na unidade de saúde. 

Com isso, os pais do bebê foram presos por homicídio culposo, mas foram soltos após audiência de custódia. O tio da vítima, por sua vez, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por omissão de socorro. 

O caso 

A bebê, de apenas um ano de idade, morreu, no domingo (12), após dar entrada no Hospital Municipal de Confresa, vítima de afogamento. Na unidade hospitalar, foram encontrados sinais de abuso sexual no corpo da criança.

Os pais da criança, que estavam dormindo durante o episódio, foram presos por homicídio culposo. Conforme apurou Olhar Direto com a Delegacia de Polícia Civil da cidade, o afogamento aconteceu por volta de 14h da tarde, mas a unidade foi informada sobre o fato às 17h.

Os pais foram presos pelo crime de homicídio culposo — quando não há intenção de matar —, mas a Polícia Civil passou a investigar a corrência de estupro. De acordo com a Polícia Militar (PM), a instituição foi solicitada pela recepção do hospital, que informou que a bebê tinha dado entrada na unidade, vítima de afogamento.

No local, a equipe médica de plantão relatou que prestou atendimento, assim como submeteu a vítima ao procedimento de reanimação. Ainda conforme a PM, porém, a bebê não reagiu e foi a óbito. Durante o procedimento de higienização do corpo da vítima, teriam sido encontrados indícios de que ela tinha sido violentada sexualmente.

Aos militares, a mãe disse que o irmão, tio da vítima, foi quem tirou a bebê da represa, porque ela estava dormindo. Tanto a mãe quanto o pai e tio da vítima, segundo o boletim de ocorrência, demonstraram frieza com o óbito da criança e, além disso, em nenhum momento se mostraram comovidos com o fato.

Aos policiais, o tio disse que a bebê estava boiando quando ele a socorreu. Agentes do Conselho Tutelar da cidade foram solicitados para acompanhar o caso. Diante da situação, mãe e pai da vítima foram presos por homicídio culposo. Em relação aos indícios de abuso sexual, o laudo preliminar descartou a possibilidade.