Desde o mês de maio o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (UNIÃO) anunciou que iria apoiar o deputado federal Neri Geller (PP) ao Senado Federal, mesmo que seu grupo político decida por caminhar com o senador Wellington Fagundes (PL). A aliança, no entanto, pode ser estremecida caso a aproximação de Neri ao grupo da esquerda se consolide. “Eu sou Bolsonaro”, disparou Dilmar na última segunda-feira (27).

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“Eu tenho falado sempre com Neri e não vi... eu vi hoje na imprensa essa proximidade, uma conversa...”, afirmou Dal Bosco. “Eu sou Bolsonaro, sempre falei para todo mundo desde o início falei, quando meu partido estava para fazer a fusão PSL com o Democratas se tornando União Brasil eu tive a liberdade ou de sair na janela, ou de ter a possibilidade de apoiar o Jair Bolsonaro a presidente”, afirmou.

Dilmar não disse se deixará de apoiar Neri caso ele se una à Federação formada pelo PT, PV e PCdoB, mas reiterou sua predileção pelo atual presidente da República e disse que iria conversar com Neri a respeito dessa possível mudança de lado.

A aproximação veio à tona na última semana, e Neri confirmou que recebeu uma visita da presidenta do PT, Gleisi Hoffman, em seu gabinete. A federação ainda não decidiu seus candidatos às majoritárias. Enquanto a candidatura ao Governo do Estado deve ser da ex-reitora Maria Lúcia Cavalli Neder (PCdoB), o cenário do Senado segue confuso, com pré-candidaturas de Márcia pelo PV, professora Enelinda pelo PT e Aluisio Arruda pelo PCdoB.

A própria federação ainda não admite a possibilidade de acabar na suplência de Neri. A deputada federal Rosa Neide (PT), por exemplo, confirmou as conversas em entrevista, mas disse que há também outras pessoas interessadas neste lugar.