O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), afirmou que achou “muito estranho” o fato do vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos) não ter ficado detido depois de ter atirado e matado Alexandre Miyagawa, 41, na noite da última sexta-feira (1), independente das circunstâncias. O vice também criticou o armamento da população e afirmou que aguarda justiça.

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“Eu sou a favor do desarmamento e não do armamento. Isso é mais uma ação que agora a gente espera que a que se faça justiça, que se apure com transparência e que se faça justiça. Já é muito estranho, qualquer outra pessoa provavelmente teria ficado detido no dia do ato do acontecimento. Já é muito estranho a forma que aconteceu, enfim, a gente espera agora que as autoridades façam justiça, nada mais do que isso”, afirmou, na manhã desta segunda-feira (4).

Paccola atirou em Alexandre, que veio a óbito, no início da noite de sexta-feira (1) na Avenida Arthur Bernardes, atrás do restaurante Choppão. Na versão do vereador, o homem, que é agente socioeducativo, estava com uma arma em punho ameaçando a própria esposa. Já na versão da mulher, Janaina Sá, Alexandre – mais conhecido como ‘Japão’ – trazia na mão somente o celular e a carteira, e não havia nenhuma ameaça.

O vereador chegou a ir à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestou depoimento e foi liberado na mesma noite. Para Stopa, é necessário aguardar as investigações, mas nada justifica a morte de alguém.

“Morreu uma pessoa, nada justifica a morte, nada justifica, e obviamente que a gente espera que se faça justiça. Espera-se que as autoridades realmente tomem as providências e que sejam transparentes na investigação”, afirmou.

O vice-prefeito também preferiu não opinar sobre uma possível cassação do vereador. “Minha opinião é que a gente tem que aguardar o laudo pericial e que isso seja feito com muita transparência como eu disse para a partir daí [tomar] qualquer posição. Nós não podemos julgar ou pré-julgar. Cabe às autoridades policiais fazerem tal papel”.