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morte de Japão

"Trabalho desenvolvido de forma técnica, sem adentrar em paixões", afirma delegado sobre investigação do caso Paccola

07 Jul 2022 - 15:45

Da Redação - Bruna Barbosa / Do Local - Fabiana Mendes

Foto: Olhar Direto

Delegado Hércules Batista está responsável pelo inquérito sobre morte de Japão

Delegado Hércules Batista está responsável pelo inquérito sobre morte de Japão

Responsável pelas investigações do homicídio do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, o delegado Hércules Batista, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou à imprensa nesta quinta-feira (7), que o inquérito está sendo conduzido "sem adentrar em paixões", prezando pelo trabalho técnico. 


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Alexandre, que era conhecido como Japão, foi morto com um disparo feito pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos), que é tenente-coronel aposentado da Polícia Militar, na última sexta-feira (1º), em frente a uma distribuidora no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá. 

"O trabalho da DHPP está sendo desenvolvido de forma técnica, sem adentrar em paixões, sem adentrar em outras visões. Cada instituição cumpre seu papel, à DHPP incumbe definir autoria e materialidade de um homicídio". 

Hércules ressaltou que, além de Paccola, algumas testemunhas já foram ouvidas pela Polícia Civil. A DHPP também está reexaminando os vídeos de câmeras de segurança, que mostram que Japão foi baleado nas costas pelo vereador. 

"Está sendo reexaminado todo o conteúdo daquelas imagens, foram requisitadas outras imagens, justamente para que a Polícia Civil possa se munir de todas as informações possíveis para concluir as investigações de uma forma exitosa, esclarecendo todos os pontos obscuros".

O delegado ressaltou que o trabalho da DHPP está sendo realizado de forma "séria e robusta". Hércules explicou que, caso necessário, outras pessoas poderão ser ouvidas, assim como a delegacia pode apresentar um pedido de dilação de prazo para finalizar o inquérito. 

"A lei estabelece o prazo de 30 dias para que as investigações sejam concluídas. Caso necessário será pedido eventual dilação de prazo, mas acreditamos que no prazo de 30 dias concluímos as investigações". 

Relembre o crime 

Filmagens de câmeras de segurança registraram o momento que Paccola atirou em Japão. Em uma das imagens, o ângulo mostra o momento em que Miyagawa conversa com a namorada, a bacharel em direito Janaína Sá, e saca a arma.

Ela sai andando na frente e Paccola surge na gravação e começa os disparos. Os tiros são efetuados quando o agente estava de frente para a mulher e de costas para o parlamentar.

Segundo o vereador, ele estava passando quando viu a confusão, e depois que desceu algumas pessoas disseram que o agente estava armado, com a mão para cima.

“Vi ele abaixando a arma, ela [a esposa] estava na frente dele, verbalizei 3, 4, 5 vezes [para abaixar a arma] (...) ele não atendeu a essa ordem e aí naquele momento entendendo que ele fosse atirar nela ou fazer o giro para atirar em mim eu fiz os disparos”, afirmou.

Paccola afirmou que foram feitos três disparos, mas que ele não conseguiu ver onde acertaram. Após os disparos, o vereador pediu para que seu assessor retirasse a arma para impedir que Janaina a pegasse.

O assessor, então, teria chutado a arma, e Paccola afirmou novamente para que ele pegasse. Segundo o vereador, Janaina estava muito alterada e havia risco de ela pegar o armamento, ou mesmo que Alexandre, se estivesse vivo, conseguisse alcançá-lo.
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