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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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Namorada de 'Japão' poderá responder por invadir contramão e por embriaguez ao volante

Foto: Reprodução

Namorada de 'Japão' poderá responder por invadir contramão e por embriaguez ao volante
O delegado titular da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), Christian Alessandro Cabral, informou que a bacharel em Direito Janaína Sá, namorada do agente socioeducativo morto no último dia 1º, poderá responder por ter invadido a contramão e por embriaguez ao volante. Alexandre Miyagawa, também conhecido como Japão, foi assassinado com um tiro feito pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos), que é tenente-coronel aposentado da Polícia Militar, em frente a uma distribuidora no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá. 


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“Essa condutora, segundo pessoas que estiveram no local, estaria visivelmente embriagada. Esses fatos configuram um crime do artigo 306 do Código de Trânsito. Em razão disso, assim que tivemos ciência dos fatos ainda pela mídia, solicitados à DHPP o compartilhamento dos elementos de prova. Essa condutora estará sendo chamada na Delegacia de Delitos de Trânsito para responder pelos fatos que praticou”, disse o delegado em entrevista ao Programa Cadeia Neles, da TV Vila Real.

Cabral informou ainda que Janaína quase causou dois acidentes. Uma deles foi ao ultrapassar a via no cruzamento com a avenida Filinto Muller, ocasião em que quase colidiu com um carro. Depois de adentrar a rua Arthur Bernardes ela quase atingiu um motociclista.

Logo depois que o carro parou ao lado de uma distribuidora, o namorado de Janaína acabou morto.  Filmagens de câmeras de segurança registraram o momento que Paccola atirou em Japão. Em uma das imagens, o ângulo mostra o momento em que Miyagawa conversa com a namorada e saca a arma.

Ela sai andando na frente e Paccola surge na gravação e começa os disparos. Os tiros são efetuados quando o agente estava de frente para a mulher e de costas para o parlamentar.

Segundo o vereador, ele estava passando quando viu a confusão, e depois que desceu algumas pessoas disseram que o agente estava armado, com a mão para cima.

“Vi ele abaixando a arma, ela [a esposa] estava na frente dele, verbalizei 3, 4, 5 vezes [para abaixar a arma] (...) ele não atendeu a essa ordem e aí naquele momento entendendo que ele fosse atirar nela ou fazer o giro para atirar em mim eu fiz os disparos”, afirmou.

Paccola afirmou que foram feitos três disparos, mas que ele não conseguiu ver onde acertaram. Após os disparos, o vereador pediu para que seu assessor retirasse a arma para impedir que Janaina a pegasse.

O assessor, então, teria chutado a arma, e Paccola afirmou novamente para que ele pegasse. Segundo o vereador, Janaina estava muito alterada e havia risco de ela pegar o armamento, ou mesmo que Alexandre, se estivesse vivo, conseguisse alcançá-lo.
 
Responsável pelas investigações do homicídio, o delegado Hércules Batista, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou à imprensa nesta quinta-feira (7), que o inquérito está sendo conduzido "sem adentrar em paixões", prezando pelo trabalho técnico. 

"O trabalho da DHPP está sendo desenvolvido de forma técnica, sem adentrar em paixões, sem adentrar em outras visões. Cada instituição cumpre seu papel, à DHPP incumbe definir autoria e materialidade de um homicídio". 
 
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