O irmão da bacharel em Direito Clelida Silva de Almeida, de 34 anos, presa em flagrante após asfixiar a filha, de três, e tentar cortar o pescoço do filho de 15 com um pedaço de espelho, na madrugada de terça-feira (12), em Rondonópolis (a 214 km de Cuiabá), afirma que Clelida e a mãe foram agredidas por um socorrista do Samu.
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Assim que ele conseguiu arrombar a porta do quarto onde a mulher estava com os filhos, na casa da mãe deles, o Samu foi acionado. De acordo com ele, um dos socorristas agrediu Clelida durante o atendimento da ocorrência.
Ao
Olhar Direito, Clint Xavier conta que pretende registrar um boletim de ocorrência nesta quinta-feira (14), por conta das agressões.
"Vou na delegacia para registrar o BO contra a agressão contra minha irmã e minha mãe. O motorista do Samu agrediu, o braço da minha mãe está bem roxo ainda", diz.
A prisão em flagrante de Clelida foi convertida para preventiva nesta quarta-feira (13). A Justiça ainda determinou que a bacharel em Direito passe por um exame de sanidade.
A suspeita é de que ela tenha tido um surto psicótico, já que relatou aos familiares que estava "sendo perseguida".
Na madrugada de terça-feira (12), o o padrasto da suspeita foi à uma unidade de saúde para buscar atendimento médico para filha. A mãe de Clelida ficou sozinha com ela e os netos em caso.
Em dado momento, a avó percebeu que não havia movimentação no quarto onde a filha estava com as crianças, além de ter ouvido gritos do neto e tentou abrir a porta.
Como não conseguiu, pediu ajuda para Clint, que mora perto da casa. Quando eles conseguiram entrar no quarto, a menina já estava morta e o adolescente com o pescoço ferido.
Ele foi encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
"Mãe cuidadosa"
Nas redes sociais, amigos de Clelida demonstraram surpresa com a notícia de que ela matou a filha e tentou matar o filho mais velho. De acordo com os relatos, a bacharel em Direito sempre demonstrou ser "cuidadosa".
"Estou destroçada com a tragédia ocorrida com a Clelida e sua filhinha de 3 anos. Eu a conheço, ela é uma mãe cuidadosa, sempre a via com os filhos. Só consigo pensar que, se ela tivesse tido acesso à tratamento psicológico e psiquiátrico, essa tragédia teria sido evitada", diz trecho de uma das publicações.