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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Neri é sondado para ser candidato ao Senado com Wellington ao governo, mas reafirma compromisso com federação e chapa Lula-Alckmin

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Wellington Fagundes, Mauro Mendes e Neri Geller

Wellington Fagundes, Mauro Mendes e Neri Geller

Em meio à dúvida por parte do governador Mauro Mendes (UNIÃO) em se coligar com o PL e abraçar o projeto de reeleição do senador Wellington Fagundes ou deixar o palanque aberto para outros nomes, uma chapa que poderia mudar completamente o cenário eleitoral chegou a ser cogitada nos bastidores no começo desta semana. Nessa tentativa de reviravolta, Wellington Fagundes assumiria candidatura ao governo contra Mauro Mendes e garantiria ao deputado federal Neri Geller (PP) a vaga para candidato ao senado.

 
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O deputado federal Neri Geller confirmou em entrevista ao Olhar Direto que foi sondado sobre a possibilidade na terça-feira (12), um dia depois de o grupo governista se reunir sem a presença de Neri Geller. No encontro de segunda-feira (11), Mendes juntou o deputado federal Carlos Bezerra (MDB), os pré-candidatos ao Senado Wellington Fagundes (PL) e Natasha Slhessarenko (PSB), além do presidente do PSB Max Russi, o senador Fábio Garcia (presidente do União Brasil), Mauro Carvalho e o ex-senador Cidinho Santos para discutir a proposta de ter o palanque aberto para o Senado Federal.
 
O debate de segunda terminou sem solução. No dia seguinte, Neri Geller recebeu um telefonema da deputada estadual Janaina Riva (MDB), nora de Wellington Fagundes. “Na terça-feira a Janaina me ligou, me deu parabéns e [disse] que o Wellington estava pensando seriamente em ser candidato ao governo [questionou] e se existiria a possibilidade de eu compor para ser senador na chapa do Wellington a govenador. Eu fiz uma resposta rápida. Falei para ela que isso não dependeria de mim. Poderia até conversar, mas dependeria dos partidos que estão juntos comigo, o grupo que é o MDB, que é o PSD, que é a federação [PT, PV e PCdoB] e que está junto nessa federação também o Emanuel Pinheiro como prefeito da capital por ele ser marido da primeira-dama [Márcia Pinheiro, do PV], que está alinhado 100% para ser minha primeira suplente”, revelou Neri.
 
A resposta de Neri, de que a aliança com a federação de esquerda está consolidada, naufragou qualquer possibilidade de a chapa se viabilizar, uma que o PT de Lula e PL de Jair Bolsonaro não poderiam estar no mesmo projeto eleitoral. “A tarde o [Carlos] Bezerra [presidente do MDB] me ligou, me confirmando que ela [Janaina] teria ligado para ele também. E enfim, ficou nisso essa conversa”, finalizou Neri.
 
“Realmente nesse quesito não existe essa possibilidade. É muito difícil você compor o PL cabeça de chapa no estado e nós junto. Hoje essa possibilidade está descartada. A não ser que fosse chapa branca... Então eu não vou abrir mão desse grupo [MDB, PSD, PT, PC, PCdoB] que está fechado conosco. Logicamente que tem outros partidos que estão conversando conosco, por exemplo PSDB e Cidadania para ir parta a disputa eleitoral”, completou Geller.
 
O encontro de segunda-feira foi marcado após reunião de Neri com Mauro na semana anterior, quando o deputado federal comunicou ao governador que romperia caso houvesse aliança com o PL. Na ocasião, Neri explicou que tem o apoio do MDB e PSD e os partidos, juntamente com o PP, deixariam a coalisão governista se Mauro apoiasse Wellington Fagundes.
 
No encontro de segunda, quando a possibilidade de chapa aberta foi posta à mesa, Neri preferiu não comparecer. “Na verdade, me chamaram pra ir na segunda-feira à noite naquela reunião do União [Brasil] e eu não fui. Falei com Mauro Carvalho, falei com outras lideranças. Pra que que eu vou ir lá? Se o Mauro quiser deixar o palanque aberto, ótimo, deixa aberto. Agora, eu não vou sentar com quem não tem como compor, como é o caso do Wellington... lógico que nós podemos sentar e falar alguma coisa assim, mas na reunião de todo o grupo junto nem eu fui e nem o Carlos Fávaro foi”.
 
Em entrevista concedida ao Olhar Direto na terça-feira, o senador Wellington Fagundes negou que estivesse em debate um palanque aberto e afirmou que Neri Geller deixou clara sua posição ao optar por não participar do encontro de segunda e dizer que iria se reunir com Lula e representantes da esquerda nesta terça. “O PL tem posicionamento de só coligar com partido de centro e direita”, argumentou o senador. Na reunião em que Geller não participou, Mendes reiterou que seu candidato a presidente do Brasil é Jair Bolsonaro.
 
Neri, de fato, diz que a escolha pela aliança com o PT está consolidada. “Eu tenho compromisso com o grupo desde o primeiro dia que eu alinhar dentro do partido com o Blairo, depois com o PSD de Fávaro, depois o MDB de Carlos Bezerra e vários deputados estaduais que o nosso projeto é projeto de senado. Na base do governo não deu certo. Eu fui para fora. Fiz outra aliança, mas isso não quer dizer que a gente não possa abrir o diálogo, mas está definido que eu só vou conversar com outas siglas partidárias depois que eu consultar meu time que é esse com a federação [PT, PV e PCdoB] com MDB e PSD”.
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