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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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CHAPA DE OPOSIÇÃO

Grupo de Mauro poupa Neri e Fávaro da alcunha de “traidor” e Jayme garante que rusga de 2020 é “matéria vencida”

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Grupo de Mauro poupa Neri e Fávaro da alcunha de “traidor” e Jayme garante que rusga de 2020 é “matéria vencida”
Em meio à dissonância sobre quem o governador Mauro Mendes (UNIÃO) deve ter em seu palanque como candidato ao Senado este ano, pelo menos um assunto, aparentemente, tem sido consenso no grupo: Neri Geller (PP) e Carlos Fávaro (PSD) não os traíram ao se aliar com a oposição. Sempre que questionados, todos garantem ver com naturalidade a construção de uma outra chapa encabeçada por seus antigos aliados.


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O senador Jayme Campos (UNIÃO), que em 2020 foi um dos protagonistas da crise instalada no antigo DEM em razão do apoio de Mauro Mendes a Fávaro, na eleição suplementar que tornou o social democrata senador, garantiu que a rusga é “matéria vencida”.

“Não teve nenhuma crise política”, minimizou o senador. “Havia até então a possibilidade de o Julio Campos ser candidato nas eleições de abril, mas a eleição mudou e o Julio foi suplente do Nilson Leitão. Devemos ser justos, o Mauro já tinha um compromisso com o Fávaro. Ele apoiou, o Fávaro ganhou e temos que respeitar isso. Isso é matéria vencida, superada, nós vivemos novos tempos”, acrescentou Jayme Campos.

Questionado sobre o cenário atual, o senador afirmou que “não tem nenhum impeditivo legal, é direito do Fávaro. Eu, particularmente, não me sinto traído. Isso faz parte do processo político. Em democracia tudo é possível. Se ele achou por bem que aqui não tem espaço, nós temos que respeitar sua decisão”.

Fávaro admitiu na semana passada a possibilidade de ser candidato ao Governo do Estado, contra Mauro Mendes, nas eleições deste ano. Fávaro foi convidado pelo ex-presidente Lula (PT), pré-candidato à Presidência da República, para ser o candidato da “esquerda” em Mato Grosso.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (UNIÃO) também descartou a pecha de traição.

“Traição nenhuma. Eles vieram trabalhando até agora, ajudaram a eleger o governador. Eles estão construindo o caminho deles. Da mesma forma, não podem dizer que o governador os traiu. Não tem traição de ninguém, é a circunstância política do momento. O Mauro gostaria de ter em seu palanque todos os candidatos [ao Senado], mas eu mesmo já havia dito a ele que não considerava isso possível. Eu nunca vi isso como viável, numa eleição polarizada como essa. Então, se não tem espaço, eles estão buscando outro meio de se viabilizar”, ponderou.

A ruptura de Neri e Fávaro com Mendes foi inevitável diante das movimentações eleitorais dos últimos meses. Com apoio do PP, PSD e MDB, Neri esperava ter apoio do governador em seu projeto ao Senado.

Mauro, no entanto, deu aceno ao bolsonarismo e se aproximou ao senador Wellington Fagundes (PL), candidato à reeleição. Nas últimas semanas, Neri conseguiu fechar composição com a chapa Lula-Alckmin, sacramentando aliança com a federação formada por PT-PV-PCdoB, afastando de vez as chances de estar no mesmo palanque que Mauro.

“Em tese era possível as candidaturas avulsas, mas pela legislação eleitoral só pode um candidato ao Senado oficialmente lançado pela chapa. E como as coisas não se encaminharam tão bem, tanto é que o Neri preferiu já caminhar por outro lado, nos resta agora ter a candidatura do Wellington Fagundes de forma coligada”, pontuou Jayme Campos.
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