Presidente da Comissão do Constituição, Justiça e Redação (CCJR), Chico 2000 (PL) afirmou que o parecer sobre o pedido de afastamento do vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos) vai levar em consideração o resultado do inquérito da DHPP, que indiciou o parlamentar por homicídio qualificado.
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“Nós estamos estudando, naturalmente será considerado o posicionamento do inquérito, mas não concluímos ainda e temos até o final desse mês para terminar”, afirmou Chico ao
Olhar Direto.
Apesar do indiciamento de Paccola, Chico afirma que, por hora, mantém o cronograma de votar o parecer dentro da CCJR até o fim de julho, para que seja analisado em plenário na primeira sessão ordinária prevista para após o recesso parlamentar, no dia 2 de agosto.
Nos bastidores, começou a ser cogitada a possibilidade de uma sessão extraordinária ser convocada para votar o parecer da CCJR e o pedido de afastamento de Paccola, devido ao seu indiciamento. Oficialmente, no entanto, o presidente Juca do Guaraná (MDB) afirma que irá se reunir com a Procuradoria-Geral para tomar uma decisão. Chico e o presidente da Comissão de Ética, Lilo Pinheiro (PDT0, também serão consultados sobre uma sessão às pressas.
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“A sessão extraordinária, se houver, vai ser por decisão do presidente da Casa. Com relação ao parecer da CCJR, O que nós temos é que esse parecer deve ir pra pauta da primeira sessão ordinária, estamos trabalhando com esse prazo”, explicou Chico.
Caso seja afastado, Paccola ainda corre risco de perder o mandato, por conta de um pedido de cassação apresentado pela vereadora Edna Sampaio (PT). O requerimento já virou um processo disciplinar e a Comissão de Ética aguarda o compartilhamento das provas colhidas pela DHPP para iniciar as investigações.
Indiciamento
Paccola foi enquadrado no crime de homicídio qualificado por recurso que impossibilitou a defesa da vítima. No dia 1º de junho, o parlamentar atirou três vezes e matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagwa, 41 anos, no bairro Duque de Caxias, na Capital.
As investigações iniciaram logo após os fatos, sendo a equipe da DHPP acionada para atender a ocorrência, encontrando a vítima caída no meio da rua, já sem vida, tendo como autor dos disparos um tenente-coronel da Polícia Militar.
Diligências preliminares foram realizadas no local dos fatos, sendo realizadas perícias e levantamentos, seguida de depoimentos de testemunhas e do interrogatório do militar o qual se apresentou espontaneamente na DHPP. O laudo da perícia apontou que a vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo pelas costas.
Após análise das provas testemunhais e fatos registrados pelas câmeras de segurança, foi possível verificar alguns elementos importantes para elucidação do ocorrido, como o fato da vítima não ter esboçado qualquer reação e a namorada da vítima em nenhum momento ter pedido ajuda a terceiros.
Diante do conjunto probatório, a Autoridade Policial, ao concluir o inquérito, realizou o indiciamento do tenente-coronel da Polícia Militar e vereador de Cuiabá.