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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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Análise em celular constatou que agente morto por Paccola era "calmo" e querido por amigos; veja trechos

Foto: Reprodução

Investigadores não constataram traços violentos ou conflituosos através das mensagens

Investigadores não constataram traços violentos ou conflituosos através das mensagens

Através de perícia no celular do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, morto com três tiros disparados pelo vereador e tenente-coronel aposentado Marcos Paccola, foi constatado que "Japão", como era conhecido, tinha perfil "calmo", além de ser bem quisto por amigos. 


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Os investigadores da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo inquérito, analisaram os vínculos sociais, familiares e amorosos de Japão. A Polícia Civil acessou conversas do agente com o irmão, a mãe, um amigo e a namorada, Janaína de Sá, que estava no dia em que ele foi morto. 

O homicídio aconteceu em 1º de julho, após Janaína invadir a contramão na rua Arthur Bernardes, no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá. Japão foi morto em frente a uma distribuidora, onde Janaína afirma que teria entrado para usar o banheiro. 

No documento, os investigadores apontam que as mensagens trocadas entre o agente socioeducativo e Janaína eram "repletas de palavras carinhosas de afeto e amor". 

"O intuito de verificação do celular da vítima é justamente apontar como era a relação entre a vítima e a companheira, com amigos e parentes. E se de alguma forma as mensagens enviadas passariam a imagem de algum traço de comportamento abusivo, violento ou tirado por parte de Alexandre Miyagawa", diz trecho.

Em uma das capturas de tela das conversas entre Alexandre e Janaína, o agente diz estar com saudades da namorada e "com vontade de dar um cheiro". O contato da bacharel em Direito estava salvo como "esposa linda" no celular de Japão. 



Em outro trecho da troca de mensagens, o agente socioeducativo repreende o comportamento de Janaína após consumo de bebidas alcoólicas. A conversa aconteceu em 3 de junho. 



Relação amorosa com a mãe 

Nas conversas com a mãe que foram analisadas pelos investigadores, foi constatado que a forma com que Alexandre tratava a mãe era "muito amorosa, repleta de carinho e cuidado de ambas as partes". 



Em uma das capturas de tela, a mãe questiona quando se o filho e Janaína já se casaram. Ele responde que "ainda não", mas que está muito feliz e encontrou a mulher da vida dele. 



Nas conversas com o irmão, a Polícia Civil ressalta que "mais uma vez", Alexandre demonstrou atitudes "mansas e tranquilas". 



Por fim, os investigadores concluíram que não foram encontradas evidências que apontassem "traços violentos ou conflituosos" de Alexandre, ao menos nas trocas de mensagens. 

Atualização - 11h36 - Após a publicação desta matéria, o Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso informou por meio de nota que o aparelho celular de Miyagawa ainda não foi periciado pela POLITEC. "Cabe ressaltar que, até o presente momento, não houve o recebimento de qualquer aparelho telefônico relacionado ao caso, para realização dos exames de extração de dados pela Gerência de Perícias em Computação Forense, unidade da POLITEC especializada nesse tipo de exame", diz o texto.
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