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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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Após a gastança, Uefa aprova "fair play financeiro"

O Comitê Executivo da Uefa, entidade que controla o futebol europeu, aprovou ontem a criação do "fair play financeiro" para os clubes, projeto que teve Michel Platini como grande defensor e que sinaliza para um controle maior dos gastos excessivos com contratações de atletas no futebol mundial.


O projeto visa melhorar a "justiça" nas competições europeias e a estabilidade dos clubes, obrigando times cujas receitas são superiores a certo limite a manter as contas equilibradas. Também será obrigatório divulgar salários e valores de contratações, algo que não acontece com frequência até em grandes transações.

Basicamente, os clubes não vão poder gastar mais do que recebem, discussão que tem sido trazida ao Brasil por meio do Clube dos 13, que reúne 20 dos principais times do país.

"Os clubes que atuam em nossas competições foram unânimes em concordar com o conceito", falou Platini, presidente da Uefa, após a aprovação do "fair play financeiro".

Jean-Luc Dehaene, ex-primeiro ministro da Bélgica, foi apontado como presidente da Comissão de Controle Financeiro dos Clubes, que irá supervisionar a introdução da nova norma. "A regra do 'fair play financeiro' é para assegurar a saúde e a viabilidade dos clubes", afirmou ontem Dehaene.

O conceito aprovado, segundo a Uefa, é fundamental para promover a sustentabilidade a longo prazo do futebol europeu, que sofreu recentemente com a crise financeira global.

Além do "fair play financeiro", outras medidas têm sido debatidas e aprovadas mundo afora para controlar os gastos exorbitantes de clubes de futebol.

Na esteira da regra "6+5", que a Fifa discute para limitar estrangeiros nos times, a Premier League, badalada liga inglesa de futebol, aprovou uma norma similar, embora ainda bastante convidativa à contratação de jogadores de fora.

Os clubes ingleses deverão ter em seus elencos pelo menos oito jogadores formados na base. Como os elencos serão "enxugados" para 25 atletas, haveria espaço para 'apenas' 17 jogadores estrangeiros --o Arsenal tem mais de 20 atletas de outros países em seu grupo.

Além dessa inovação, a Premier League também será mais rígida no aspecto financeiro.

Apesar de os clubes do país contarem com elencos milionários, poucos têm situação financeira tranquila. Mesmo o Chelsea tem altas dívidas. O Liverpool adiou o plano de seu novo estádio. E, nesta temporada, o Manchester City gastou uma fortuna em reforços.

"A partir de agora, os 20 clubes deverão responder aos mesmos critérios financeiros. Um processo poderá ser iniciado quando surgir a dúvida sobre a viabilidade de um clube", falou Richard Scudamore, diretor-geral da Premier League.

O Manchester City torrou mais de 100 milhões de euros em atletas nesta temporada porque é bancado pelo Abu Dhabi United Group. O time virou um dos favoritos ao título da liga que tem mais clubes respondendo por aliciamento de atletas.
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