Membro da Igreja Assembleia de Deus há mais de 25 anos e pastor há 20, o candidato ao governo de Mato Grosso Marcos Ritela (PTB) disputa sua primeira eleição e condena políticos que tentam angariar votos dos evangélicos durante o período eleitoral. Afirma que muitos nunca ‘dobraram os joelhos’ para orar, mas que agora realizam até cultos ecumênicos.
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Ritela avalia que assim como no cenário nacional, em que candidatos à Presidência da República tentam conquistar apoio dos eleitores evangélicos, a disputa pelo voto dos fieis também ocorre em Mato Grosso.
“Está sendo disputado. Existe algumas manipulações e negociações. A velha política vem para quebrar tudo. É um sistema maligno esse sistema do toma lá, dá cá. Em época de campanha, quem nunca foi cristão vira cristão. Quem nunca foi evangélico vira evangélico”, afirmou em entrevista exclusiva ao
Olhar Direto, nesta quinta-feira (18).
O pastor ficou conhecido entre os fiéis pelo trabalho social que desenvolve. O candidato conta que fez palestras em todos os estados do Brasil e já visitou ao menos 17 países pregando a palavra de seu Senhor.
Preconceito
O candidato também reclama dos questionamentos pelo fato de ser um religioso e ter decidido entrar na vida política. Diz que, especialmente pastores, enfrentam preconceito por se tornarem políticos.
Questionado sobre eventual desvirtuação da vida religiosa, garante que a participação política está presente até mesmo nas histórias bíblicas.
“Um advogado pode ser político, assim como o médico, abortista, aquele que é a favor das drogas. Ou seja, todo cidadão tem direito a ser político. Mas quando se fala de um pastor, há preconceito”, declarou.
“Na Bíblia Sagrada se vê que há governador, senador. É algo bíblico. Estamos aqui para governar, nada melhor que um homem que tem compaixão das pessoas, que olha com olhar de misericórdia, que tem fé e acredita, que não vai discriminar as pessoas, por ser pobre ou rico, negro ou branco, gay [...] Que vai olhar para as pessoas como ser humano”, pontuou.
