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Quarta-feira, 24 de julho de 2024

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quatro facadas

Médica grávida esfaqueada por paciente vai deixar UTI e irmão diz que ela ainda está traumatizada

Foto: Reprodução

Médica grávida esfaqueada por paciente vai deixar UTI e irmão diz que ela ainda está traumatizada
A médica Jaqueline da Croce, de 31 anos, esfaqueada quatro vezes por um dos pacientes atendidos no PSF São José, em Primavera do Leste (a 234 km de Cuiabá), deve deixar a UTI do Hospital das Clínicas, onde está internada há três dias, nesta segunda-feira (29). Jaqueline está grávida de quatro meses e dois dos golpes atingiram a barriga. 


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De acordo com LeandroCroce, irmão da médica, ela ainda está traumatizada com o ataque, que aconteceu na tarde da última quinta-feira (25), enquanto o postinho estava aberto para atendimento. A agente de saúde Reggy Rose de Oliveira, de 51 anos, jogou uma cadeira no suspeito para tentar contê-lo e morreu após ser esfaqueada no peito. 
 
"Queria pedir para os amigos esperarem mais um pouquinho para ver ela, ainda está bem traumatizada. Vamos priorizar esse momento para ficar com o marido dela, com a mãe e o pai. Tranquilizar a todos, está bem, está evoluindo muito bem no quadro, mas vamos deixar esse momento para a família", disse. 

Leandro, que é cargiologista no Hospital das Clínicas, explicou que um exame de ultrassom feito nesse domingo (28), mostrou que o bebê da médica continua bem. Jaqueline casou no ano passado e está esperando o primeiro filho, que se chamará Antony. 

Além das facadas na barriga, a médica foi atingida no braço e na perna. Uma das perfurações rompeu o intestino de Jaqueline, que precisou passar por uma cirurgia grande e complexa, como explicou o irmão. 

Nas últimas horas, no entanto, ela conseguiu voltar a se alimentar e os exames mostraram melhora no quadro de Jaqueline, que também já conseguiu caminhar e falar com a família. 

"Sceitou bem a dieta, intestino voltou a funcionar, está em progressão de dieta e os exames estão ótimos. Nós tivemos a felicidade, agora, da notícia de que vai receber alta a UTI e vai para o quarto. Ainda vai permanecer alguns dias internada no hospital para avaliar possíveis complicações no pós-operatório". 

Paciente psiquiátrico 

O agressor que esfaqueou a médica e matou Rose costumava comparecer mensalmente no PSF para renovar a receita de medicamentos. Leandro contou ao Olhar Direto que o paciente nunca havia demonstrado comportamento agressivo na unidade de saúde. 

No dia do ataque, ele também teria tentando entrar em uma creche na região, mas foi impedido. Quando chegou no postinho, já entrou no consultório de Jaqueline esfaqueando a médica. Aos familiares, ela conseguiu contar que, enquanto era golpeada, o agressor pedir por "Justiça". 

Aos policiais militares que atenderam a ocorrência, o agressor disse que tinha cometido os crimes por conta de "mal atendimento" no PSF. No então, Leandro rebateu a versão do paciente e ressaltou que a irmã trabalha no local há sete anos e não possui reclamações. 

“Jaque é uma pessoa extremamente calma, chegou no hospital e eu estava mais nervoso que ela. Sou médico, mas era minha irmã que estava ali toda ensanguentada. Saiu do centro cirúrgico e pediu calma, falou que estava tudo bem, mas sabemos que não está. Imagina fechar os olhos e ter um homem em cima de você dando facadas”. 
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