O candidato ao Senado Antônio Galvan (PTB) afirmou que existe a possibilidade de o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) não aceitar o resultado das eleições neste ano, caso não seja reeleito. Ele reiterou que não pode falar pelo presidente, mas que isso não pode ser descartado. Galvan também criticou o sistema eleitoral e questionou porque as pessoas não querem que haja “transparência nas urnas”.
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“Porque essa resistência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seus membros, de dar uma comprovação ao cidadão? Se ele vai ou não vai, eu não posso falar pelo presidente da República. Mas esse risco existe, e não podemos descartar. Agora, só me pergunto porque não dar transparência num processo mais legítimo, que é o poder que é dado ao cidadão de ele escolher seu candidato?”, afirmou, em entrevista ao Olhar Direto, na manhã de segunda-feira (29).
As críticas às urnas eletrônicas e defesa do chamado ‘voto impresso auditável’ tem sido mote do presidente Bolsonaro. Em julho, ele chegou a reunir embaixadores de diversos países para apresentar críticas infundadas às urnas eletrônicas, e tem, de forma reiterada, feito ataques ao processo eleitoral brasileiro.
Vale lembrar que a urna eletrônica já é auditável. Em agosto de 2021, em entrevista ao
Olhar Direto, o secretário de tecnologia da informação do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), Luis César Darienzo Alves, explicou que o processo eleitoral brasileiro tem diversos pontos de audição e checagem, e que o chamado ‘voto impresso’ deixaria as eleições mais demoradas, menos seguras e, inclusive, menos acessíveis. (Veja
AQUI).
Para Galvan, quem não quer a “transparência das urnas” tem algo de errado. “Se existe uma coisa que o cidadão quer é comprovação do que ele faz. A Receita Federal exige uma nota fiscal para você fazer a declaração de Imposto de Renda. Eu não vou lá dizer que gastei tanto, sem ter uma comprovação. Você vai fazer um jogo, vai fazer qualquer coisa na lotérica, eles te dão um papelzinho dizendo que sua aposta é essa. Porque essa resistência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seus membros, de dar uma comprovação ao cidadão?”.
Pessoalmente, o candidato afirmou que vai aceitar o resultado mesmo que perca em outubro. “Com certeza, isso quem está no jogo, um perde e outro ganha. Temos uma disputa. Agora, ela teria que ser mais democrática. (...) Com certeza você vai respeitar a decisão das urnas. Agora, porque a resistência das forças armadas, gente que hoje compõe as forças armadas foram convidadas, e não querer que faça acompanhamento também? Nem isso? Então esperamos sim que seja respeitado também pelo próprio TSE o decreto do nosso presidente, onde membros da Marinha, da Aeronáutica e do Exército se façam presentes na conferência dessas urnas eletrônicas, porque se alguém é contrário, alguma culpa no cartório ele tem”, finalizou.
