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Domingo, 04 de agosto de 2024

Notícias | Política MT

Presidente do TJ afirma que processo no CNJ é bobagem e deverá ser arquivado

O novo presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Mariano Alonso Ribeiro Travassos afirma que o processo administrativo disciplinar que responde juntamente com mais sete juízes no Conselho Nacional de Justiça não passa de uma bobagem e que ainda vai terminar em arquivamento. Travassos tomou posse na noite de ontem, e assumiu a presidência do órgão.


O CNJ investiga um suposto pagamento de verbas irregularidades aos magistrados e recursos para uma loja maçônica a qual era freqüentada pelos membros do Poder Judiciário. “Isso não passou de uma denúncia anônima sem sustentação, com a intenção de causar danos pessoais. Mas é uma grande bobagem”, disse durante entrevista à imprensa, logo após a cerimônia de posse.

No entanto, o novo presidente assume o cargo à frente da instituição, deixada pelo seu antecessor, Paulo Inácio Dias Lessa, em meio a embates internos e polêmicas que acompanham a última gestão.

Na tentativa de reverter a imagem do Judiciário mato-grossense, Travassos alegou que a “aposta” está na harmonização entre o grupo de trabalho durante a nova gestão e ainda na transparência da administração. “Não haverá mais decisões sigilosas, e as questões internas não devem ser discutidas por meio da mídia”, frisou.

Além de Travassos, também foram empossados o vice-presidente, Paulo da Cunha e o desembargador Manoel Ornellas de Almeida, como corregedor-geral de Justiça.

Fantasmas

Questionado pelo site Olhar Direto sobre as chamadas comarcas ‘fantasmas’ que supostamente existem no interior do Estado, onde não há nem juízes, defensores e servidores nas varas, o novo presidente é enfático e nega a situação.

O ex-corregedor-geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Orlando de Almeida Perri, havia entrado com pedido de suspensão temporária de várias unidades junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entretanto, Travassos diz ser contra a desativação. “Não existe comarcas fantasmas, há deficiência de infra-estrutura, que precisa ser melhorado”, pontuou o desembargador.

Na lista de Perri estão, pelo menos 17 comarcas das 79 existentes, que representam 6% da demanda judicial do Estado.

Quanto à precariedade instalada nas comarcas, Travassos ressaltou que já tomou providências que muitas delas sejam reformadas. Isso porque, informações repassadas pela corregedoria do TJ, revelam que inúmeros ofícios foram encaminhados no último ano, em solicitação a possíveis reformas nas instituições.

Para se ter uma idéia do rombo nos cofres públicos, cáculos judiciais revelam que a criação e a instalação de uma comarca com vara única, sendo com tribunal do júri, despesas com quadro pessoal, material e equipamentos, custa cerca de R$ 1,3 milhão. Já para mantê-la, o custo anual é de cerca R$ 1 milhão.
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