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Sexta-feira, 04 de outubro de 2024

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RIQUEZAS

Fosfato em MT poderá gerar investimentos milionários

Mato Grosso gasta em média R$ 200 milhões com a importação de fosfato, utilizado na composição de fertilizantes.

Mato Grosso gasta em média R$ 200 milhões com a importação de fosfato, utilizado na composição de fertilizantes. Só que, em cinco anos, o Estado pode se tornar auto suficiente na produção deste minério. Um levantamento aerogeofísico realizado pela Superintendência de Minas da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) apontou para áreas com algumas alterações magnéticas, o que indica possível existência de fosfato nas regiões de Planalto da Serra, Paranatinga e Nova Brasilândia.


Com isso, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em parceria com o governo de Mato Grosso realizará um estudo para dimensionar as áreas de jazidas e o potencial do Estado, porém o chefe do Departamento de Recursos Minerais do CPRM, Reinaldo Santana Correia de Brito, adiantou que o estado possui a mesma potencialidade que os estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, maiores produtores de fosfato no país.

Na tarde desta quarta-feira (16), Reinaldo esteve reunido com representantes da iniciativa privada para trocar experiências. A Associação de Produtores de Soja (Aprosoja) e a Associação Mato-grossense de Produtores de Algodão (Ampa) já vinham estudando as jazidas de fosfato na região de Paranatinga.

Segundo João Broggi, geólogo das duas entidades, o governo federal em parceria com Mato Grosso irá ajudar a iniciativa privada na metodologia, sondagem, análise química e mapeamento. A Aprosoja e Ampa iniciaram os estudos das jazidas de fosfato há dois anos, com a intenção de baratear o custo da produção de soja, algodão e milho no Estado.

O fosfato é responsável por 18% na composição dos fertilizantes utilizados nas plantações. O estado de Mato Grosso importa 100% do minério, com isso o custo do produto é muito alto, principalmente, por causa da dificuldade de transporte.

O CPRM conta com especialistas na extração de fosfato e fará um estudo em todo o país. Reinaldo Santana acredita quem em no máximo 10 o país será autosuficiente não só em fosfato, mas também em nitrogênio, outra matéria prima utilizada na produção de fertilizantes.

Se comprovada as jazidas de fosfato, novas indústrias de fertilizantes deverão vir para Mato Grosso atraindo assim ainda mais investimentos e gerando emprego. De acordo com o superintendente de Minas da Sicme, Joaquim Moreno, um depósito médio de 50 milhões de toneladas com teor de 6% de fosfato rende um investimento de aproximadamente R$ 200 milhões.

“Um investimento deste valor para a região onde possivelmente será realizada a extração do minério representa o desenvolvimento daquela população extremamente carente”, comentou Moreno.
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