Cuiabá e Várzea Grande atingem o menor índice de vacinação contra a poliomielite dos últimos 26 anos. Com apenas 34,9% das crianças imunizadas até agora na Capital e 41,74% na Cidade Industrial, restando poucos dias para o fim da campanha. A porcentagem não era tão baixa desde o ano de 1996, quando foram imunizadas 41,22% e 30,03% respectivamente. A meta nacional era atingir 95% das crianças na faixa etária dos 1 a 4 anos de idade, até o dia 24 de outubro – quando é comemorado o Dia Mundial de Controle da Pólio.
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Das 35,8 mil doses previstas para Capital, apenas 12,5 mil foram aplicadas. Já em Várzea Grande, 18,6 mil crianças precisam tomar a dose, mas apenas 7,7 mil foram imunizadas. As secretarias de Saúde dos dois municípios já realizaram ao menos quatro grandes ações de ‘Dia D’, promovidas em sábados e com divulgação massiva nos meios de comunicação.
De acordo com as informações da Secretaria de Saúde de Cuiabá, foi montada uma nova estratégia para alcançar a meta mínima estabelecida pelo Ministério da Saúde. O município tem investido esforços na capacitação para agentes comunitários de saúde para realização de busca ativa e qualificada; avaliação da caderneta infantil e do adolescente de todos os estudantes das unidades escolares; disponibilização de vacinação nas unidades escolares para alunos com autorização dos responsáveis após avaliação das cadernetas.
Em Mato Grosso, a meta é vacinar 227,5 mil crianças. Contudo, apenas 151,4 mil receberam a dose, ou seja 66,57%, e o estado figura na 15ª posição entre os estados com menor índice vacinal da poliomielite. No Brasil, a média alcançada até agora é de 67%.
As campanhas contra poliomelite iniciaram em março de 1989, quando foi registrado o último caso da doença, no município de Souza, na Paraíba. Em 1994, o Brasil recebeu a certificação internacional da erradicação da poliomielite. Desde 1980, a campanha de vacinação contra a poliomielite se repete todos os anos, em duas etapas e em todo o país.
A doença
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda, causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode acarretar paralisia nos membros inferiores. O contágio se dá pelo contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes.
A vacinação é o único caminho para manter a proteção das crianças contra a poliomielite. Existem duas vacinas disponíveis na rotina dos serviços de saúde: a vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável; e a vacina oral poliomielite (VOP).
De acordo com o Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a vacinação de crianças a partir de 2 meses até menores de 5 anos de idade. Conforme o Calendário Nacional de Vacinação, o esquema vacinal é composto por três doses de VIP, administradas aos 2, 4 e 6 meses de idade, mais dois reforços com VOP, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
Veja grafico históricos baseados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/CGPNI/DEIDT/SVS/MS):
