A deputada federal Rosa Neide (PT) afirmou que estará à disposição da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB) a partir do próximo ano para discutir as candidaturas de 2024 e, inclusive, a possibilidade de ela representar o grupo na eleição para a Prefeitura de Cuiabá. A parlamentar foi a candidata a deputada mais votada desta eleição, mas ficou sem cargo porque a Federação não atingiu o chamado "quoeficiente eleitoral".

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“Em 2024 nós estaremos de novo com a Federação, com o PV e o PCdoB. Logo que passar este segundo turno, essa Federação vai se reunir e discutir as grandes cidades de Mato Grosso, não só Cuiabá, todas as cidades, e com um foco maior na eleição de vereadores e de prefeitos. Não temos nenhum nome determinado. Quando alguém me pergunta da forma como você me perguntou [se pretende ser a candidata do grupo], eu sempre digo que nunca tive muita expectativa de ocupar nenhum cargo, as coisas aconteceram. Eu sou muito fiel ao partido e agora serei igualmente fiel a Federação, então meu nome estará à disposição para as discussões. Não que eu queira ser candidata, mas serei um dos nomes colocados para que seja discutido em Cuiabá e em todo Mato Grosso, pra discutir projetos de cidades, pra que as pessoas possam viver melhor nas pequenas e grandes cidades. Então, não estou colocando que serei candidata, mas meu nome estará na discussão”, ponderou Rosa Neide, durante entrevista ao Programa Roda de Entrevista, da TV Cultura.

Este ano, ela ultrapassou a marca de 124 mil votos, 30 mil a mais do segundo mais votado, Fábio Garcia (UNIÃO), que foi eleito. No entanto, somados, os candidatos da Federação PT-PV-PCdoB não atingiram o quoeficiente eleitoral, que neste ano foi de cerca de 216 mil votos. O quoeficiente é calculado com o total de votos válidos divididos pelo número de cadeiras de deputados disponíveis.

Rosa Neide afirmou que ainda não teve tempo de digerir a derrota, em função da campanha para presidente da República que ainda está em curso, mas avaliou que o PT não saiu “pequeno” desta eleição em Mato Grosso, embora ela faça a critica de que o partido precisa se reaproximar de suas bases.

“A gente precisa analisar algumas coisas. Por exemplo, o presidente Lula teve mais de 600 mil votos, então são mais de 600 mil pessoas que votam no Partido dos Trabalhadores. Se a gente contar os votos para deputado federal, por exemplo, com a legenda a gente chegou a cerca de 150 mil votos. Nós estamos organizados em mais de 100 municípios. Mas, neste governo [de Bolsonaro], o PT teve dificuldades em eleger vereadores e prefeitos porque não estavam com perspectivas, então se afastaram da discussão política. O PT precisa se aproximar mais das organizações sociais, estar nas bases, e isso está no radar do partido. Com o Lula voltando eu acho que a gente retoma esse fôlego para refazer essa história”, pontuou.