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Terça-feira, 23 de julho de 2024

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Expectativa de vendas de veículos em 2023 é um dos temas do 6º Encontro Fenabrave-MT

Foto: Assessoria

Expectativa de vendas de veículos em 2023 é um dos temas do 6º Encontro Fenabrave-MT
Realizado nesta semana em Cuiabá, o 6º Encontro Regional Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores – Regional Mato Grosso (Fenabrave-MT), debateu temas de grande relevância para o mercado de veículos, como a análise econômica para 2023, marketing digital e a importância da mudança de cultura de trabalho das empresas.


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O evento que durou dois dias e reuniu 230 pessoas, entre empresários, funcionários do setor automotivo e de outras áreas. A abordagem de assuntos de interesse do segmento neste momento é de suma importância, considerando o histórico recente de queda nas vendas causada, principalmente, pela diminuição da produção de carros devido à falta de suprimentos importados durante a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e também pelos impactos da pandemia da Covid-19.

Mas, embora o cenário econômico do Brasil ainda não esteja totalmente desenhado neste período de transição de governo, os economistas que participaram do evento avaliaram que a tendência é melhorar no próximo ano.

Especialistas em economia traçaram o futuro da economia global e nacional e avaliaram no que isso pode impactar para o mercado automotivo.

Na análise de Fernando Schüler, que é articulista da revista Veja e consultor de empresas, o Brasil tende a atrair mais investimentos de empresas internacionais, mas para isso precisa continuar fazendo algumas mudanças.

"Tem muita gente querendo investir no Brasil, porque é um país jovem, é um país democrático, e é preciso dar segurança jurídica de que a legislação não vai mudar toda hora que o investimento vem. As reformas estruturais vêm produzindo resultados interessantes", analisou.

Já o economista Caio Rostirolla, que é especialista em economia internacional do Sicredi, avaliou que a queda na inflação é um ponto positivo para a retomada da economia.

"Uma boa notícia é que a queda da inflação no mundo está em curso. A inflação deve cair de 7% para 5%, é o que a gente prevê. Mas o mundo caminha para a recessão e o ponto positivo para o setor é que essa pressão começa a dar um alívio nas cadeias produtivas", pontuou.

O crescimento do Brasil em 2022 surpreendeu até os mais otimistas, segundo Caio. No início do ano, a maioria dos economistas analisava que o Brasil cresceria 0,6% este ano e o percentual atingiu quase 3%.

Na palestra Novo código da Cultura: Transformação organizacional em uma era de rupturas, o fundador da plataforma de conhecimento sobre gestão HSM e autor de best-sellers, José Salibi Neto, destacou que a única maneira das empresas terem sucesso é inovar e investindo em melhorias aos colaboradores, citando como exemplo a criação de um cargo de direção de Saúde Mental, na Ambev.

"O principal desafio não é a tecnologia, mas a cultura da empresa. A cultura errada destrói até mesmo as melhores estratégias. É preciso construir um modo de trabalhar que possa distinguir a sua empresa da dos seus concorrentes", fundamentou.

Para ele, não basta investir em tecnologia se a equipe não está motivada e exemplificou como erro comum cometido pelas empresas que é investir mais em ferramentas materiais do que nas equipes. "Transformação cultural dá resultado. Tecnologia a gente compra, mas comportamento não. Às vezes priorizamos investimentos em equipamentos mais do que em pessoal", afirmou Salibi.

O evento cumpriu com o objetivo previsto inicialmente, segundo o presidente da Fenabrave-MT, Paulo Boscolo, que era conectar pessoas que atuam no segmento, promover um valioso network entre os profissionais de diversas marcas. "Os nossos propósitos foram atingidos com sucesso", declarou, no encerramento.

O encontro reuniu especialistas renomados e empresários considerados "cases de sucesso", como Felipe Molero, que aos 14 anos já tem suas próprias empresas. Ele começou aos 10 anos e agora, além de tocar os negócios, ainda dá palestras sobre finanças e dicas nas redes sociais.

Também participaram do evento o presidente da Fenabrave nacional, José Maurício Andreta Júnior, que explanou dados importantes para o mercado de veículos automotivos e as perspectivas para o ano que vem.

"Em 2023, a gente não vai ter esses problemas que afetem tanto a logística. A falta de componentes, falta de chips, já está sendo normalizada e isso vai nos ajudar muito a ter o 'just in time' da forma como nós precisamos", pontuou Andreta.

As concessionárias geram mais de 300 mil empregos diretos no país. O número representa o triplo da quantidade de empregos criados pelas montadoras de veículos.
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