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Sábado, 18 de maio de 2024

Notícias | Economia

Economista do BNDES diz que pré-sal empobrece tecnologia no país

O Brasil precisa usar os recursos do pré-sal para ampliar seus investimentos em pesquisa, ciência e desenvolvimento tecnológico se não quiser perder espaço no comércio mundial, segundo o economista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Antonio Barros de Castro.


Ele alertou que o debate do pré-sal está ofuscando a discussão no Brasil sobre a necessidade de ampliar as posições nas áreas de novas tecnologias. Segundo exportadores, esse segmento já representa 40 por cento do comércio mundial.

"É claro que o pré-sal é importante , mas eu acho que se pensar em aumentar o valor agregado do petróleo é uma discussão muito pobre", disse ele a jornalistas, após participar do Fórum Nacional Especial, do INAE.

"Temos que pensar no uso estratégico do petróleo do pré-sal. Isso significa apostar em tecnologia, automação etc. Estou pouco ligando para a exportação de derivados. A maré de competitividade comercial será enorme nos próximos anos", acrescentou.

Barros de Castro lembrou que outros emergentes já atentaram para o futuro do comércio mundial e estão anos a frente do Brasil.

"Na China nascem e brotam diariamente PHDs, instituições de pensamento, institutos de pesquisa e cabeças pensantes", exemplificou.

Ele destacou que a dificuldade da exploração do pré-sal, uma vez que o petróleo se encontra em alto mar e em grandes profundidades, vai inevitavelmente forçar um desenvolvimento tecnológico na indústria de petróleo, mas não em outras áreas.

"Ainda bem que está longe. Se fosse em terra, ali em Minas Gerais, ia ser um problema (não ia desenvolver nenhuma tecnologia)", avaliou.

Já o senador Aloísio Mercadante (PT-SP), acredita que o pré-sal será uma revolução na história econômica brasileira.

"Os EUA importam quase 14 milhões de barris ao dia; China e Índia também compram grandes volumes. Temos a vantagem de ter o pré-sal. O petróleo ainda vai ter muita importância nas próximas duas décadas", disse o senador.

"O pré-sal vai mudar a história econômica desse país e seremos um dos quatro maiores produtores do mundo", acrescentou ele, ao frisar que já há um consenso no Congresso Nacional de que o modelo de partilha de produção é o melhor a ser adotado pelo Brasil. Já a polêmica discussão sobre o royalties vai ficar para depois, lembrou Mercadante.
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