O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania) ironizou a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) ao defender a derrubada do voto secreto na apreciação de vetos. Ele lamentou o fato de os projetos de lei que visam esta derrubada não serem colocados em votação. “Está parecendo o Senado Federal, Rodrigo Pacheco não coloca em votação aqui”, disse, na manhã desta segunda-feira (12).

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“No direito nós temos um princípio chamado ‘princípio da simetria constitucional’. A gente aqui, mesmo sendo um parlamento estadual, a gente tem independência, autonomia, mas a gente não pode fazer nada que for contrário ao que está no Congresso. E no Congresso não existe voto secreto para vetos, é simples isso”, defendeu o parlamentar.

Faissal afirmou que tem pensado em judicializar a questão por mais transparência. Segundo o deputado, tanto ele quanto Paulo Araújo (PP) apresentaram projetos neste segundo, mas nenhum dos dois foi colocado em pauta até hoje.

“É um princípio constitucional da simetria constitucional, então nós temos que andar nos trilhos de acordo com o Congresso também, a gente não pode sair fora dos trilhos, a gente não pode criar nada na nossa cabeça que vai contra o que está estabelecido no Congresso Nacional.  Voto secreto não é democrático”, disse.

O presidente da AL, deputado Eduardo Botelho (UNIÃO) já afirmou várias vezes que é contra a derrubada do voto secreto, principalmente para manter a independência dos deputados. “Sou contra o fim do voto secreto, especialmente para a derrubada de vetos, contas de governo e aprovação de indicações. Acho que a derrubada do veto quando é secreto, fica a consciência do deputado, ali ele não está sofrendo pressão, pois não dá pra saber se ele votou sim ou não, então é a pura consciência do deputado e isso deve ser mantido. É a minha opinião”, disse recentemente o presidente.